cúpula do mercosul

No Paraguai, Dilma defende avanços na integração regional

'O fortalecimento do Mercosul passa necessariamente pela adoção de formas mais ágeis de cooperação comercial', disse a presidenta

Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma destacou a força e as bases sólidas da economia brasileira

São Paulo – Durante reunião de cúpula do Mercosul hoje (21), em Assunção, no Paraguai, a presidenta Dilma Rousseff destacou a necessidade de avanços na integração do bloco para a formação de cadeias produtivas. “Para o meu governo, o fortalecimento do Mercosul passa necessariamente pela adoção de formas mais ágeis de cooperação comercial”, disse.

Reconhecendo a importância do país para o bloco, Dilma reforçou que o Brasil vem adotando medidas para conter problemas externos, como os reflexos da crise de 2008 e a recente queda nos preços dos commodities. “Durante seis anos buscamos evitar impactos da crise econômica mundial. Adotamos políticas anticíclicas, o emprego e a renda aumentaram e saímos do mapa da fome”, argumentou.

Dilma defendeu a estratégia de ajuste fiscal durante o ato: “Logo trará resultados positivos, juntamente com o fim da crise política que tem afetado meu segundo mandato desde o início”. A presidenta destacou que o cenário de recessão é “conjectural”, pois o país possui bases econômicas sólidas e “elevadas reservas com uma situação financeira sob controle”.

O Mercosul vai completar 25 anos em março, e o pacto que deu início ao bloco aconteceu em 1991 justamente no Paraguai. A presidenta agradeceu o empenho do país, que deteve a presidência temporária do bloco nos últimos seis meses. “A aposta que fizemos aqui, neste país, nesta terra, que é o berço do Mercosul, tem sido extremamente positivo para a nossa região”, analisou.

A presidenta saudou o Uruguai, que agora assume a presidência do bloco, e parabenizou, especialmente, o recém-eleito presidente da Argentina, Maurício Macri, e o chefe de estado da Venezuela, Nicolás Maduro. “Dois exemplos recentes mostram nossa maturidade democrática. As eleições na Argentina e na Venezuela, que demonstraram a capacidade da América Latina de encaminhar suas divergências pelas vias pacíficas com debate e legalidade, com pleno respeito à vontade popular e ao estado de direito”, afirmou.

Além dos reforços na integração e dinamização do bloco, o discurso de Dilma apontou para a importância de alianças estratégicas com outras regiões. “É muito importante a aproximação com, por exemplo, a Aliança do Pacífico, com a qual temos muitas complementariedades e com a qual deveremos estabelecer alianças cada vez mais sólidas”, completou.

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