Juros

Copom abre a última reunião de 2015 já pensando nos dois próximos anos

Expectativa para encontro que começa hoje e termina amanhã é de manutenção da taxa em 14,25%

BCB / divulgação

Sede do Banco Central do Brasil, onde reuniões do Copom definem política monetária

São Paulo – A oitava e última reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começa na tarde de hoje (24), em Brasília, já com os olhos voltados para 2016 e 2017, na expectativa de um cenário mais favorável para a queda da inflação e, consequentemente, da taxa básica de juros, em tendência de alta há dois anos e meio. Para este encontro, que termina amanhã à noite, a Selic deve se manter em 14,25% ao ano, nível em que se encontra desde julho, após sete aumentos seguidos, sem sinalização de corte, apesar da fraca atividade econômica.

A atenção se concentra no que acontecerá em 2016, quando se espera uma taxa de inflação menor que a deste ano, dos atuais quase 10% para até 7%, novamente acima do teto da meta (6,5%). Mas o cenário de incerteza pode fazer com que os cortes na taxa básica sejam menos intensos do que até então se previa. Se por um lado alguns analistas apostam em redução de dois pontos percentuais ou um pouco mais ao longo do ano que vem, já existe uma ala acreditando em manutenção dos juros em 14,25%.

Não se fala em alta. O que também seria difícil de imaginar considerando-se as condições da economia. As projeções são de queda de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Também se prevê retração em 2016.

A pressão inflacionária deve ser menor, mas o próprio Banco Central já fala em convergência para o centro da meta (4,5%) apenas em 2017. Preços ainda em alta, câmbio incerto e instabilidade política são desafios ainda não superados.

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