Dieese

Com reajuste da energia, inflação sobe na cidade de São Paulo

ICV variou 0,95% em julho. Em 12 meses, taxa atinge 10%, com mais impacto entre famílias de menor renda

Correio do Estado/Abr/Creative Commons

Um dos principais impactos no ICV foi o aumento da tarifa de energia elétrica

São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, variou 0,95% em julho. Um dos principais impactos veio da tarifa de energia elétrica, com aumento de 15,06%, atingindo com mais intensidade as famílias de menor renda. O ICV está acumulado em 8,05% no ano. Em 12 meses, chegou a 10% – vai a 11,78% no estrato 1, que concentra as famílias de renda mais baixa, a 10,75% no estrato 2 (intermediário) e a 9,27% no 3.

Quatro dos dez grupos que compõem o ICV foram responsáveis pela quase totalidade do resultado de julho: Habitação (2,69%), Alimentação (0,69%), Educação (0,68%) e Transporte (0,12%) somaram 0,92 ponto percentual. O item energia esteá no grupo Habitação, que teve a maior alta do mês.

Grupo com mais de 31% no peso do índice geral, Alimentação registrou altas em produtos como cebola (7,05%), batata (4,60%), beterraba (2,69%), mandioquinhas (2,43%), alho (1,41%), abacate (12,21%), mamão (9,30%), maçã (6,97%), manga (6,63%) e limão (5,74%). Caíram os preços do maracujá (-3,47%) e da laranja (-0,39%).

Nos grãos, o feijão carioquinha aumentou 1,16% o arroz ficou praticamente estável (-0,03%). A maior parte das hortaliças teve redução de preço, com destaque para couve-flor (-2,97%), couve (-1,98%) e repolho (-1,26%).

Em Transporte (variação de 0,12%), o Dieese destaca o reajuste da tarifa do ônibus interestadual (7,67%). O instituto registrou ainda queda nos combustíveis: -0,68% na gasolina e -0,66% no álcool.

Em 12 meses, dois grupos ficam acima da média geral: Habitação (16,16%) e Alimentação (10,24%).

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