Comércio exterior

Balança tem novo superávit; exportações e importações caem

Saldo no ano soma US$ 4,599 bilhões. Em igual período de 2014, país registrava déficit

simmepe/reprodução

Entre os produtos básicos, destaca-se a queda da comercialização de minério de ferro (-47,4%)

São Paulo – A balança comercial brasileira fechou julho com superávit, o quinto seguido, de US$ 2,379 bilhões, resultado de US$ 18,526 bilhões em exportações e US$ 16,147 bilhões em importações. É o maior superávit para o mês desde 2012. O saldo no acumulado do ano chega a US$ 4,599 milhões, ante déficit de US$ 952 milhões em igual período de 2014. Os resultados foram divulgados na tarde de hoje (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Com base na média diária, as exportações caem 13,8% ante o mês anterior e 19,5% na comparação com julho de 2014. As importações também registram queda, de 2,4% e 24,8%, respectivamente.

De janeiro a julho, o país soma US$ 112,854 bilhões em vendas ao exterior, um recuo de 15,5% em relação a igual período do ano passado, também considerando a média diária. As importações totalizam US$ 108,255 bilhões, retração de 19,5%.

Produtos

Nas vendas brasileiras em 2015, ante igual período de 2014, caíram as exportações de produtos básicos (-21,7%), manufaturados (-9,4%) e semimanufaturados (-5,9%).

Entre os básicos, destacam-se as quedas de minério de ferro (-47,4%), carne bovina (-24,1%), petróleo em bruto (-21,4%) e soja em grão (-18,4%). Cresceram as vendas de minério de cobre (30,4%), algodão em bruto (29,4%), café em grão (4%), fumo em folhas (2,4%) e milho em grão (1,2%).

Em manufaturados, segundo o ministério, a retração ocorreu principalmente em óleos combustíveis (-60,4%), máquinas para terraplanagem (-24,7%), motores e geradores (-23,9%), bombas e compressores (-22,2%), tubos de ferro fundido (-21,9%), plataforma para extração de petróleo (-15,7%), motores para veículos (-11,8%) e autopeças (-8,8%). Aumentaram as exportações de laminados planos (65,2%), óxidos e hidróxidos de alumínio (18%), aviões (16,1%) e veículos de carga (5,1%).

Nos semimanufaturados, destaque para diminuição nas vendas de óleo de soja em bruto (-17,9%), couros e peles (-16,6%), açúcar em bruto (-16,3%), ferro-ligas (-14,4%), ferro fundido (-10,2%), alumínio em bruto (-6,5%) e ouro em forma semimanufaturada (-2,9%). Registraram altas catodos de cobre (119,3%), madeira serrada (19%), semimanufaturados de ferro/aço (8,1%) e celulose (0,8%).

Blocos

Também no ano, caíram as vendas para a Europa Oriental (-33%), União Europeia (-19,3%), Ásia (-18,2%, sendo -19,4% no caso da China) e Mercosul (-16,1%, sendo -11,2% para a Argentina). Caíram as exportações ainda para a África (-10,5%) e para os Estados Unidos (-8,9%).

Em relação às importações, caiu o volume de compras vindas da África (-48,5%), Oriente Médio (-33,9%), Mercosul (-23,4%, sendo 21,9% na Argentina), Estados Unidos (-20%), União Europeia (-18,5%), Europa Oriental (-13,7%) e Ásia (-12,8%, sendo 7,4% na China).

Os principais países de destino das exportações, de janeiro a julho, foram China (US$ 22,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 14,2 bilhões), Argentina (US$ 7,7 bilhões), Países Baixos (US$ 5,9 bilhões) e Alemanha (US$ 3,3 bilhões). E os principais países de origem das importações foram China (US$ 20,0 bilhões), Estados Unidos (US$ 16,7 bilhões), Argentina (US$ 6,4 bilhões), Alemanha (US$ 6,4 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,6 bilhões).