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‘Brasil pode ser o principal exportador de alimentos em dez anos’, diz FAO

Destaque de crescimento fica por conta da cana-de-açúcar, com expansão de 37%, seguido do algodão, com 35% de avanço

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, ao lado do ministro Patrus Ananias

São Paulo – Em cerimônia realizada em Brasília hoje (15), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançaram o relatório Perspectivas Agrícolas: desafios para a agricultura brasileira 2015-2024. Um dos pontos de destaque é a taxa de crescimento – estimada em 1,5% ao ano – das áreas destinadas aos principais produtos agrícolas do país.

O avanço das áreas deve chegar até 20%, quando comparado ao período de 2012 a 2014. Devem ser 69,4 milhões de hectares – de acordo com previsão da FAO – incluindo oleaginosas, cereais, cana e algodão. Os preços devem permanecer estáveis, levando em conta os ajustes inflacionários.

Estava presente, ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic. Ele destacou que o país tem possibilidades concretas de ser o principal exportador de alimentos do mundo nos próximos dez anos.

O Brasil é o segundo maior exportador de soja do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos). A dominância do produto deve continuar expressiva, com praticamente metade da área de cultivo brasileiro até 2024. O destaque de crescimento fica por conta da cana-de-açúcar, com expansão de 37%, seguido do algodão, com 35% de avanço.

Também se destaca a participação da China no mercado agrícola brasileiro. As exportações devem subir de 31 milhões de toneladas em 2014, para 47 milhões em 2024. Apenas em junho de 2015, a maior compradora das oleaginosas brasileiras importou US$ 2,95 bilhões.

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