Comércio exterior

Balança tem melhor resultado do ano e fecha semestre com superávit

País teve saldo de US$ 2,222 bilhões na primeira metade do ano, revertendo resultado de igual período de 2014. Saldo de junho foi o maior para o mês desde 2009

divulgação

No intervalo de 12 meses, de julho do ano passado até junho deste ano, país tem superávit de US$ 695 milhões

São Paulo – A balança comercial brasileira fechou junho com o quarto superávit seguido, no melhor resultado para o mês desde 2009, e terminou o semestre também no positivo, revertendo resultado de igual período do ano passado. O saldo foi de US$ 4,527 bilhões em junho, resultado de US$ 19,628 bilhões em exportações e US$ 15,101 bilhões em importações. Na primeira metade do ano, o superávit foi de US$ 2,222 bilhões, ante déficit de US$ 2,512 bilhões em 2014. Foi o maior saldo desde 2012. Os dados foram divulgados na tarde de hoje (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

De janeiro a junho, as vendas do Brasil ao exterior somaram US$ 94,329 bilhões – queda de 14,7% ante igual período de 2014, considerando a média por dia útil. Já as importações totalizaram US$ 92,107 bilhões, retração de 18,5%, pelo mesmo critério.

No intervalo de 12 meses, de julho do ano passado até junho deste ano, o país tem superávit de US$ 695 milhões. Mesmo positivo, o valor é 76,1% menor em comparação com os 12 meses imediatamente anterior (julho de 2013 a junho de 2014).

Em 2015, a balança começou com dois déficits seguidos, em janeiro e fevereiro, quando acumulou resultado negativo de aproximadamente US$ 6 bilhões. Recuperou-se nos quatro meses seguintes, principalmente em junho e maio (US$ 2,761 bilhões).

Segundo o ministério, no primeiro semestre caíram as exportações de produtos básicos (-21,6%), manufaturados (-8%) e semimanufaturados (-3,9%). No primeiro grupo, destacam minério de ferro (-49%), carne bovina (-23,5%) e soja em grão (-22,5%). No segundo, óleos combustíveis (-63,4%), motores e geradores (-25,8%) e máquinas para terraplanagem (-23%). No terceiro, couros e peles (-15%), açúcar em bruto (-13,9%) e óleo de soja em bruto (-12,4%).

Também se retraíram as vendas por blocos econômicos: Europa Oriental (-34%), União Europeia (-18,8%), Ásia (-17,9%, sendo -22,6% apenas na China) e Mercosul (-15,4%, sendo -12,7% no caso da Argentina).

Os três principais destinos das exportações brasileiras, também no primeiro semestre, foram China (US$ 18,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 12 bilhões) e Argentina (US$ 6,5 bilhões). São estes também os três países que mais importaram para o Brasil: China (US$ 16,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 14,5 bilhões) e Argentina (US$ 5,6 bilhões).

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