Varejo

Volume de vendas do comércio cai em abril, mas receita cresce

Segundo o IBGE, fecharam com resultado negativo os setores de material de escritório, vestuário e calçados e móveis e eletrodomésticos. Resultado reflete menor poder de compra

São Paulo – As vendas no comércio varejista recuaram 0,4% de março para abril, no terceiro mês com resultado negativo, segundo o IBGE, que divulgou hoje (16) sua pesquisa mensal sobre o setor. A receita avançou 0,3%. Na comparação com abril do ano passado, o volume de vendas caiu 3,5%, enquanto a receita nominal cresceu 2,5%. No primeiro quadrimestre de 2015, a receita cai 1,5% e a receita sobe 4,7%.  Em 12 meses, ambas as variações são positivas: 0,2% e 6,4%, respectivamente.

De acordo com o instituto, em abril, em relação ao mês anterior, sete das dez atividades tiveram resultados negativos. Foram os casos, por exemplo, de material de escritório (-12,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,8%), móveis e eletrodomésticos (-3,1%) e material de construção (-1,2%). Tiveram variações positivas os segmentos de veículos e motos, partes e peças (4,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%).

Ante abril de 2014, de oito atividades, seis de oito atividades registraram queda, com destaque para móveis e eletrodomésticos (-16%), hipermercados e supermercados (-2,3%) e tecidos, vestuário e calçados (-7,5%). Os setores com alta foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,7%).

Segundo o IBGE, a queda em moveis e eletrodomésticos (-16% ante abril de 2014, -8,9% no ano e -3,9% em 12 meses) pode ser atribuída “à retirada gradual de incentivos” (IPI) para a linha branca, além da redução dos rendimentos e do menor ritmo de crescimento do crédito. No caso de hipermercados (-2,3%, -1,6% e -0,6%, respectivamente), o desempenho “foi influenciado pelo menor poder de compra da população”.

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