Produção agrícola

IBGE volta a prever safra recorde, de quase 200 milhões de toneladas

Estimativa é de aumento de 9,7% para a soja e 0,9% para o arroz. Milho cai 3,7%. Centro-Oeste concentra 40% da produção, mas tem queda ante 2014. Nordeste, Sul e Sudeste crescem

arquivo/ABr

De acordo com o IBGE, safra de soja deve crescer 9,7% em relação ao ano anterior

São Paulo – Em sua terceira estimativa para a safra brasileira de grãos, divulgada hoje (10), o IBGE prevê uma produção de 199,7 milhões de toneladas, volume recorde e 3,6% maior que o do ano passado (192,8 milhões de toneladas). A previsão é 0,1% maior que a do mês anterior. Segundo o instituto, a projeção para a área a ser colhida atinge 57,3 milhões de hectares, 1,7% acima de 2014.

Arroz, milho e soja, que formam as três principais culturas, representam 91,6% da produção e 85,5% da área. De acordo com o IBGE, a safra deve crescer 9,7% para a soja e 0,9% no caso do arroz, recuando 3,7% no milho. Dos 26 produtos analisados, 12 apontam crescimento na estimativa de produção em relação ao ano passado.

Entre as regiões, o Centro-Oeste, principal produtor, concentra 40,3% do total, mas cai 2,9% na comparação com o ano anterior. O Sul cresce 7,6% e aparece com 38,1% de participação na produção nacional. Quase iguais, o Nordeste tem 9,4% e o Sudeste, 9,2% – ambos crescem em relação a 2014, 20,3% e 2,5%, respectivamente. O Norte tem 3% da produção, com crescimento de 6,8%.

Nos estados, Mato Grosso soma 23,6% da produção brasileira de grãos. Em seguida vêm Paraná (18,5%) e Rio Grande do Sul (16,3%). Somados, os três representam 58,4% do total nacional.

Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também prevê crescimento, de 3,6%, para a safra 2014/2015. O total estimado, 1,1% acima do anterior, chega a 200,7 milhões de toneladas. A área para plantio deve ser praticamente a mesma, atingindo 57,33 milhões de hectares.

Segundo a companhia, a soja é o destaque. “Mesmo enfrentando problemas climáticos em janeiro, que influenciaram a expectativa de produtividade em Minas Gerais, Goiás, Maranhão e Pará, o incremento deve ser de 9,5% ou o equivalente a 8,2 milhões de toneladas, levando a uma produção de 94,3 milhões de toneladas.”

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