Emprego

IBGE apura desemprego estável em 6,2% em março; rendimento cai

Taxa de desocupação varia pouco no mês, mas sobe 1,2 ponto em relação a março do ano passado; rendimento médio mensal apresenta queda de 3% no ano nas seis regiões metropolitanas pesquisadas

Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas

Número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estável

São Paulo – A taxa de desemprego em março foi estimada em 6,2%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo IBGE em seis das maiores regiões metropolitanas do país. O índice variou pouco em relação ao de fevereiro (5,9%) – em ambos os meses a população desocupada foi calculada em 1,5 milhão de pessoas (1,494 milhão em março). Na comparação com março do ano passado (5%), a taxa apresenta alta de 1,2 ponto.

A população ocupada estimada pelo IBGE é de 22,727 milhões nas seis regiões. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,5 milhões) ficou estável tanto na comparação mensal como na anual.

O rendimento médio real apurado, por sua vez, foi de R$ 2.134,60. O valor é 2,8% menor que o de fevereiro (R$ 2.196,76) e 3% inferior ao de março de 2014 (R$ 2.200,85).

A massa de rendimento médio real dos ocupados foi estimada em R$ 49,3 bilhões no mês passado, registrando queda de 3% em relação a fevereiro. Na comparação anual, a queda é de 3,8%.

Regionalmente, a taxa de desemprego passou de 4,2% no Rio de Janeiro, em fevereiro, para 4,8% em março, e ficou estável nas demais regiões. Na comparação com março de 2014, em São Paulo a taxa não se alterou significativamente. Em Salvador, passou de 9,2% para 12,0%; em Recife, de 5,5% para 8,1%; em Porto Alegre, de 3,2% para 5,1%; no Rio de Janeiro, de 3,5% para 4,8% e em Belo Horizonte, de 3,6% para 4,7%.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas consideradas economicamente ativas) foi estimado em 52,1% em março de 2015 no total das seis regiões investigadas. Não há variação frente a fevereiro último e, em relação a março de 2014, registra-se uma diminuição de 0,9 ponto percentual.

Na comparação mensal, ocorreu variação apenas em Salvador (-1,6 ponto percentual) e estabilidade nas demais regiões investigadas. No confronto com março de 2014, houve queda em três regiões: Rio de Janeiro (1,4 ponto percentual), Belo Horizonte (1,3) e São Paulo (1,1).

Rendimento em queda

Regionalmente, em relação a fevereiro, o rendimento caiu em Salvador (-6,8%); Porto Alegre (-4,4%); Belo Horizonte (-3,1%); São Paulo (-2,3%); Rio de Janeiro (-2,6%); e em Recife (-1,4%). Frente a março de 2014, o rendimento caiu em Salvador (-6,9%); Porto Alegre (-3,5%); São Paulo (-3,4%); Belo Horizonte (-2,8%); Rio de Janeiro (-2,2%). A única região a apresentar variação positiva na comparação anual foi Recife (2,2%).