Mercado de trabalho

Segundo o IBGE, ocupação cai e taxa de desemprego sobe em fevereiro

Foi o maior índice para o mês desde 2011. Número de trabalhadores com carteira assinada fica estável. Indústria e construção fecham vagas. Rendimento médio recua

Segundo o IBGE, empregos com carteira assinada mostraram estabilidade em fevereiro

São Paulo – A taxa média de desemprego em seis regiões metropolitanas, calculada pelo IBGE, subiu para 5,9% em fevereiro, a maior para o mês desde 2011 (5,4%) e a mais alta na série geral desde junho de 2013, quando chegou a 6%. No ano passado, o índice havia sido de 5,1%. Também superou o resultado de janeiro (5,3%). O número de desempregados foi estimado em 1,419 milhão, crescimento de 10,2% sobre janeiro (mais 131 mil) e de 14,1% em relação a fevereiro de 2014 (mais 176 mil).

No bimestre, a taxa média é de 5,6%, equivalente a 2012 e acima dos dois anos anteriores (5,5% em 2013 e 4,9% em 2014), interrompendo uma trajetória descendente que vinha desde 2010.

Já o total de ocupados (22,775 milhões) recuou 1% ante janeiro, o equivalente a menos 229 mil empregos. Na comparação anual, recua 0,9% (menos 201), o que o IBGE considera uma situação de estabilidade.

De acordo com o instituto, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, estimado em 11,581 milhões, ficou estável nas comparações mensal e anual. Eles representam 50,9% do total de ocupados, mesmo nível de participação de um ano atrás.

Também na comparação anual, o emprego cai principalmente na indústria (-7,1%), setor que eliminou 259 mil postos de trabalho. A construção registra queda de 5,9%, o correspondente a menos 105 mil vagas. E sobe apenas (7,1%) em serviços domésticos, com acréscimo de 94 mil.

O rendimento médio (R$ 2.163,20) caiu 1,4% em relação a janeiro e 0,5% ante fevereiro do ano passado. Com isso, a massa de rendimentos recuou 2,5% e 1,5%, respectivamente.

Entre as regiões metropolitanas pesquisadas, a taxa subiu em quatro: Belo Horizonte (4,9%), Porto Alegre (4,7%), Rio de Janeiro (4,2%) e Salvador (10,8%). Foi a 7% em Recife e a 6,1% em São Paulo.