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Para Dieese, combate à corrupção não pode diminuir a importância da Petrobras

Comentarista destaca a relevância da empresa não só na produção de energia, mas para a dinamização da economia, criação de empregos e investimentos em infraestrutura

Pedro Bolle/USPImagens

Apesar dos escândalos, Petrobras resiste, alcança recorde de produção e é premiada no exterior

São Paulo – Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o enfrentamento à corrupção na Petrobras não deve encobrir a importância que a empresa tem para o país, “seja pelo que ela representa para a mobilização da atividade econômica, pelo que representa de produção de energia”, não só do petróleo, mas de fontes alternativas. Ele ressalta também a criação de postos de trabalho, com “quase 90 mil empregos diretos e mais de 500 mil indiretos”.

Em comentário à Rádio Brasil Atual, Clemente repudia as práticas de malversação de recursos públicos envolvendo empreiteiras e empresas subcontratadas, mas afirma que “a imprensa desconhece, intencionalmente”, as ações e iniciativas tomadas por parte da direção da Petrobras para a resolução e correção dos problemas de corrupção, como forma de desqualificação da estatal.

O comentarista lembra ainda que, apesar das dificuldades que enfrenta, a Petrobras vem alcançando “resultados impressionantes”, com recordes na produção de petróleo, além do impacto positivo sobre o investimento, especialmente em infraestrutura. E lembra, ainda, do importante prêmio internacional recebido pela empresa e concedido por uma entidade especializada na produção de energia, em reconhecimento à sua capacidade tecnológica. A estatal receberá em maio o prêmio Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations, and Institutions, concedido pelo comitê da Offshore Technology Conference (OTC), de Houston, Estados Unidos, em reconhecimento ao conjunto de tecnologias desenvolvidas para produção na camada do pré-sal.

“Todos nós devemos ter muita clareza sobre a importância que essa empresa tem para o país”, diz Clemente. Ele reafirma a necessidade de ser crítico frente aos casos de corrupção, mas acrescenta que essa postura também deve atingir todos aqueles se utilizam desses problemas para atacar a Petrobras e defender a sua privatização, e com essas iniciativas “transformar um recurso público em riqueza privada”.

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