no campo

Agricultora familiar de Brasília ganha conhecimento e amplia mercado

Governo federal atingiu maior cobertura de assistência técnica na história da reforma agrária: mais de 700 mil famílias – 279,5 mil agricultores familiares e 438,4 mil assentados da reforma agrária

Rômulo Serpa/MDA

Natividade: “O técnico acompanha nossa produção, é um benefício importante para quem vive no campo”

São Paulo – Natividade Bezerra da Silva, 43 anos, e sua família conquistaram mais consumidores para seus morangos em Brasília depois de receber orientação da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), serviço gratuito para agricultores familiares, mantido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em 2014, o governo federal atingiu maior cobertura de assistência técnica na história da reforma agrária: mais de 700 mil famílias – 279,5 mil agricultores familiares e 438,4 mil assentados da reforma agrária.

Natividade produz melhor agora que tem mais acesso ao conhecimento, acompanhado do crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “O técnico de Ater acompanha nossa produção, conversa conosco sobre como plantar, que adubo usar, quando colher. É um benefício importante para quem vive no campo”, diz.

Os técnicos vão até as propriedades rurais para trocar experiências com os agricultores sobre planejamento e modernização dos processos de produção, do plantio à colheita. “Nossa função é ajudar os trabalhadores rurais a produzir de forma segura e moderna. Durante o processo, existe uma troca de experiência e conhecimento entre o agricultor e o profissional. Assim, não existe dependência”, afirma o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), André Müller.

Agora a agricultora planeja comprar uma picape para transportar as frutas de Brazlândia, no Distrito Federal, até os pontos de comercialização. “Com a experiência que tenho no campo e a assistência técnica, minha produção pode crescer mais”, aposta.

A Ater foi criada pelo governo federal em 1948 e se desenvolveu nas décadas seguintes, como sistema nacional articulado, contribuindo para que a “mão” do Estado chegasse em todos os rincões do país. Desde 2003, oferece ferramentas para potencializar, de forma sustentável, o desenvolvimento fora da área urbana. Há dois anos, 50% dos serviços devem ser destinados às mulheres rurais.

O orçamento do serviço subiu de R$ 56 milhões em 2003 para R$ 1,1 bilhão em 2014.