Inflação

Preços de alimentação cedem, e IPCA-15 tem menor taxa em nove meses

Custos menores com habitação também contribuíram para o resultado de junho. Sob impacto da Copa, preços das passagens aéreas aumentaram. Acumulado segue acima de 6%

agência brasil

Alimentos consumidos em casa se destacaram com resultados em queda

São Paulo – Com altas menores de preços de alimentos e habitação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial, variou 0,47% em junho, a menor taxa em nove meses e no segundo recuo seguido. Ainda mostra variação maior no acumulado em 12 meses, que atinge 6,41%, ante 6,31% nos 12 meses imediatamente anteriores – a taxa de junho de 2013 foi de 0,38%. No primeiro semestre, o IPCA-15 somou 3,99%, acima de igual período do ano passado (3,45%). Os resultados foram divulgados na manhã de hoje (18) pelo IBGE.

Segundo o instituto, os principais responsáveis pela taxa menor este mês foram os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,88%, em maio, para 021%) e Habitação (de 1,19% para 0,29%).

“Vários alimentos consumidos em casa se destacaram com resultados em queda”, destaca o instituto, que cita batata-inglesa (-16,35%), farinha de mandioca (-11,67%), cenoura (-5,05%), hortaliças (-4,69%), frutas (-3,44%) e feijão carioca (-3,37%). A alimentação consumida em casa caiu 0,23%, enquanto comer fora de casa subiu 1,06%.

Já o resultado de Habitação foi influenciada, diz o IBGE, pela região metropolitana de São Paulo (-1,07%), com queda de 18,36% na taxa de água e esgoto, reflexo ao programa estadual de incentivo à redução do consumo da água. A taxa nacional de água e esgoto recuou 4,02%. No mesmo grupo, também tiveram variações menores os itens mão de obra para pequenos reparos (de 0,66% para 0,34%) e energia elétrica (de 3,76% para 1,32%).

Outro grupo que contribuiu para o resultado menor foi Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,20% para 0,67%), com alta menor dos remédios (de 2,10% para 0,65%).

O maior impacto do mês – 0,09 ponto percentual – veio das passagens aéreas, com alta de 22,15%, segundo o IBGE pela influência “da maior demanda decorrente da Copa do Mundo”. As principais variações foram apuradas em Salvador (37,39%), Goiânia (33,87%) e no Rio de Janeiro (33,53%). Também subiram passagens de ônibus urbano (1,05%) e consertos de automóvel (1,23%). Isso fez o grupo Transportes passar de -0,33%, em maio, para 0,50%. Os combustíveis (de -0,20% para -0,90%) continuaram caindo: a gasolina foi de -0,03% para -0,35% e o etanol, de -1,13% para -3,50%.

Também subiu os grupos Despesas Pessoais (de 0,51% para 1,09%), enquanto Vestuário ficou estável em 0,67%. No primeiro caso, o IBGE aponta altas dos itens jogos de azar (7,8%), excursão (5,30%), hotel (4,12%) e eletrodomésticos (2,43%).

O maior índice regional foi o da região metropolitana de Fortaleza (0,80%), com alta de 4,99% nas tarifas de energia elétrica, e o menor foi apurado em São Paulo (0,21%). O IPCA-15 variou 0,76% em Belém, 0,65% em Belo Horizonte, 0,77% em Brasília, 0,35% em Curitiba, 0,73% em Goiânia, 0,42% em Porto Alegre, 0,69% tanto em Recife como no Rio de Janeiro e 0,41% em Salvador.

Os resultados do IPCA e do INPC deste mês serão divulgados em 8 de julho.

Leia também

Últimas notícias