correção

Mesmo abaixo da inflação, nova tabela do IR deixará R$ 5,3 bi com trabalhadores

Segundo economista Clemente Ganz Lúcio, porém, governo precisa analisar mudança no critério de tributação para que a correção passe a ser feita sobre a variação total da inflação

Creative Commons

Neste ano, todas as pessoas com salário abaixo de R$1.868 serão isentas da cobrança da taxa

São Paulo – Com a correção da tabela de Imposto de Renda (IR) para 4,5%, anunciada por Dilma Rousseff na última semana, os trabalhadores deixarão de pagar cerca de R$ 5,3 bilhões neste ano, segundo cálculos divulgados pelo diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em sua coluna diária da Rádio Brasil Atual. Neste ano, todas as pessoas com salário abaixo de R$ 1.868 passaram a ser isentas da cobrança da taxa.

A arrecadação do Imposto de Renda é corrigida anualmente pelo governo de acordo o centro da meta da inflação brasileira, estabelecido por lei como 4,5%. No entanto, algumas centrais sindicais pedem que a medida seja complementada e que a correção seja feita sobre a variação total da inflação do ano anterior.

“A inflação brasileira tem ficado acima do centro da meta nos últimos anos. Como ela tem chegado até 6,5%, há uma diferença que deveria ser corrigida”, explica Ganz Lúcio. Segundo o diretor-técnico do Dieese, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, está debatendo uma agenda que inclua a mudança no critério de tributação do IR.

Ouça o comentário de Clemente Ganz Lúcio à Rádio Brasil Atual