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ABC quer sair na frente e adotar ações para economia solidária

Entre os dez temas debatidos em conferência estadual para serem apresentados na etapa nacional estão a criação de espaços de comercialização e acesso ao crédito

rodrigo pinto/abcd maior

Encontro reuniu representantes da economia solidária no Cenforpe, em São Bernardo, entre dias 15 e 17

São Bernardo do Campo – As propostas de ações para estimular a economia solidária, elaboradas na 3ª conferência estadual do setor, poderão ser implementadas no ABC paulista antes mesmo do plano nacional para o segmento. De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho de Economia Solidária do Consórcio Intermunicipal do ABC, Nilson Tadashi, as sugestões serão avaliadas ainda neste mês. O consórcio é a entidade que reúne as prefeituras das sete cidades do ABC.

Representantes das cooperativas de dez regiões do estado de São Paulo reuniram-se durante três dias para discutir planos de expansão aos seus empreendimentos. A conferência foi realizada em São Bernardo entre os últimos dias 15 e 17. Entre os dez temas debatidos no evento para serem apresentados na etapa nacional, a criação de espaços de comercialização e acesso ao crédito foram os destaques.

“Os problemas são basicamente semelhantes entre os grupos, quais sejam legislação, espaços de comercialização, acesso ao crédito. Vamos discutir essas propostas e buscar mecanismos para implementar na região. Um exemplo é sobre legislação, que ainda precisa avançar no ABC. Temos apenas quatro municípios com leis de apoio e fomento à economia solidária. Vamos fazer um esforço para ampliar”, disse Tadashi.

A economia solidária é uma forma de trabalho que reúne empreendimentos em formato de associações e cooperativas. No estado não há o registro atualizado no número de empreendimentos, porém, os ramos de atuação dos grupos são os mais diversos, entre eles indígenas que produzem e vendem artigos da sua cultura até grandes empresas que faliram e os empregados tomaram a frente dos negócios.

“O ABC possui a característica da organização e de avanços históricos. Será de extrema importância que a região crie espaços para que as propostas firmadas na etapa estadual já comecem a sair do papel. O quanto antes resolvermos os problemas do setor melhor será para o desenvolvimento da região”, disse Paul Singer, secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego.

As propostas de São Paulo serão complementadas pelas iniciativas também dos outros estados na etapa nacional, que ocorrerá entre os dias 26 a 29 de novembro, em Brasília. Durante a Conferência Nacional haverá a elaboração de um documento final, o Plano Nacional de Economia Solidária, que estabelecerá metas e ações para apoiar o desenvolvimento dos empreendimentos no país.

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