em washington

Mantega vê saída gradativa da crise financeira internacional

arquivo abr Em entrevista em Washington, ministro da Fazenda criticou o pessimismo do FMI com as economias emergentes São Paulo – Este deve ser o ano de saída da crise […]

arquivo abr

Em entrevista em Washington, ministro da Fazenda criticou o pessimismo do FMI com as economias emergentes

São Paulo – Este deve ser o ano de saída da crise financeira internacional e o cenário é mais positivo, tanto para os países desenvolvidos quanto para os emergentes. A avaliação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele deu entrevista em Washington, divulgada em nota ontem (11) pelo Ministério da Fazenda.

Segundo Mantega, não será uma saída “fulminante, mas gradativa”. A nota informa que, após conversas com representantes dos países que participam de encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), na capital americana, o ministro observou que Itália e Espanha fazem reformas, a Alemanha se recupera; Espanha e Portugal estão melhorando, com resultado positivo para todos.

Mantega disse que o impacto da crise internacional, a partir de 2008, foi muito grande para os emergentes. Ele citou relatório do FMI para explicar que a crise nos países avançados teve significativo impacto nos países emergentes, explicando metade da desaceleração da economias. Observou que, no caso do Brasil, o impacto da crise no crescimento foi ainda maior, e faz entender cerca de dois terços da desaceleração do período.

O ministro criticou o pessimismo do FMI com as economias emergentes, como a do Brasil, e disse que o Fundo só levou em conta em avaliação recente período ultrapassado do fim de ano e os meses de janeiro e fevereiro, quando houve a redução dos estímulos monetários nos EUA. Na avaliação de Mantega, o mau humor dos mercados com os emergentes, e não só com o Brasil, foi desarmado, com a volta dos fundos de capitais.

Sobre a reforma do FMI, uma das bandeiras do Brasil,  o ministro criticou a demora devido a indecisão do Congresso dos Estados Unidos. Segundo ele, o fundo deveria começar a pensar em  alternativas. O ministro destacou a reunião do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que também foi feita em Washington, que avançou no acordo para a criação de reservas de US$ 100 bilhões para enfrentar momentos de crise.