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IPCA-15 sobe em fevereiro, puxado por custos com educação

Segundo o IBGE, índice acumula 5,65% em 12 meses

Material escolar e gastos gerais com educação empurraram índice em fevereiro

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial,  variou 0,70% neste mês, taxa próxima tanto da de janeiro (0,67%) como da de fevereiro do ano passado (0,68%). Segundo o IBGE, que divulgou o resultado na manhã de hoje (21), o acumulado em 12 meses atinge 5,65%, próximo do período imediatamente anterior (5,63%).

De acordo com o instituto, apenas os custos com educação, que tiveram alta de 6,05%, representaram 0,27 ponto percentual. ” Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,65% e foram o item de maior impacto individual no mês, com 0,22 ponto percentual”, informa o IBGE. As variações foram de 3,44% na região metropolitana de Porto Alegre até 11,72% no Rio de Janeiro. Em cursos diversos, como idiomas e informática, a alta foi de 5,93%.

Em seguida, vieram as altas dos itens artigos de residência (de 0,49%, em janeiro, para 1,17%) e despesas pessoais (de 1,31% para 1,19%). No primeiro caso, o IBGE destacou o aumento de 2,82% nos preços de eletrodomésticos, e no segundo, nos custos com empregados domésticos (1,41% e cigarros (4,74%). ” No caso do cigarro, o resultado refletiu parte do reajuste de 14% vigente desde 31 de dezembro, além do reajuste de 12% de 13 de janeiro para determinadas marcas e regiões.”

O grupo alimentação e bebidas teve variação de 0,52%, menor que a de janeiro (0,96%), com os alimentos consumidos no domicílio passando de 1,01% para 0,25%. “Vários produtos importantes ficaram mais baratos, como a batata-inglesa (-10,66%), o tomate (-5,60%), o leite (-5,07%), o feijão carioca (-4,27%) e o frango inteiro (-1,04%).

Dois grupos registraram queda, segundo o IBGE: vestuário (de 0,59% para -0,68%) e transporte (de 0,43% para -0,09%). As passagens aéreas representaram o maior impacto para baixo: a variação de -20,36% correspondeu a -0,11 ponto no índice geral.

Entre as regiões metropolitanas, a maior taxa foi apurada no Rio (0,95%), com alta de 2,77% no aluguel residencial e 2,85% no empregado doméstico, além do transporte coletivo. “Os ônibus urbanos (1,82%) e intermunicipais (4,36%) também pressionaram o resultado da região, refletindo os reajustes de 9,00% nos ônibus urbanos, em vigor a partir de 8 de fevereiro, e 5,77% nos intermunicipais, concedido em 13 de janeiro.

O menor índice foi registrado em Brasília (0,06%), com queda de 28,38% nos preços das passagens aéreas (impacto de -0,64 ponto percentual).

A região metropolitana de São Paulo teve a segunda maior taxa (0,87%). Em seguida, vieram Belo Horizonte e Salvador, ambas com variação de 0,76%.

O IPCA e o INPC de fevereiro serão divulgados em 12 de março.

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