IBGE

‘Prévia’ da inflação oficial cede, e taxa acumulada é a menor em 16 meses

Preços de alimentos têm alta, mas recuo em itens de transporte deixa IPCA-15 menor: 0,67% em janeiro e 5,63% em 12 meses

São Paulo – Na primeira divulgação do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado “prévia” da inflação oficial, teve variação de 0,67% em janeiro, abaixo de dezembro (0,75%) e de igual mês do ano passado (0,88%), segundo informou hoje (23) o IBGE. Com isso, o resultado acumulado em 12 meses foi de 5,85% para 5,63%, o menor desde outubro de 2012 (5,56%).

Os preços dos alimentos voltaram a subir, e o grupo passou de 0,59%, em dezembro, para 0,96%. Um dos principais impactos (0,1 ponto percentual) veio do item carnes, com variação de 3,91%. Também tiveram altas produtos considerados importantes, como cenoura (16,3%), cebola (14,33%), frutas (4,34%), hortaliças (4,57%), arroz (1,47%), pão francês (1,04%), refeição fora (0,94%) e lanche fora (0,95).

O grupo com maior alta foi o de Despesas Pessoais, que foi de 1,18% para 1,31% em janeiro. O IBGE cita os aumentos dos itens excursão (9,45%), cigarro (3,62%), cabeleireiro (1,36%), manicure (1,15%) e empregado doméstico (1,02%).

Responsável pelo resultado menor do IPCA em janeiro, o grupo Transporte passou de 1,17% com 0,43%, com queda de 16,32% nos preços de passagens aéreas (impacto de -0,1 ponto). Tiveram aumento a gasolina (2,9%, com impacto de 0,11 no índice geral), o etanol (4,34%) e o óleo diesel (3,52%).

Artigos de residência foram de 0,57% para 0,49% e vestuário, de 0,78% para 0,59%. O instituto apurou taxas menores em mobiliário (de 1,07% para 0,49%) e eletrodomésticos (de 1,27% para 0,92%).

E o grupo Habitação ficou praticamente estável, passando de 0,59%, em dezembro, para 0,58%. Mas alguns itens mantiveram alta, casos do aluguel residencial (0,87%), condomínio (0,79%) e mão de obra para pequenos reparos (0,96%). Já os itens energia elétrica e gás de botijão tiveram quedas de 0,12% e 0,24%, respectivamente.

O grupo Educação passou de zero para 0,5% em janeiro, segundo o IBGE por influência da alta de 0,34% nos cursos regulares, “que refletiu os reajustes dos colégios da região metropolitana de Porto Alegre (4,42%)”.

Entre as regiões, a maior variação do IPCA-15 foi apurada na região metropolitana de Recife (1,06%), com aumento de 1,76% nos alimentos, 8,7% e serviços de manicure e 5,92% no cabeleireiro. O menor foi o de Brasília (0,03%), “onde as passagens aéreas, com peso de 2,74% e variação de -17,27%, causaram impacto de -0,47 ponto percentual, além da queda de -3,86% nas tarifas de energia elétrica”.

A segunda maior taxa foi da região metropolitana de Salvador (0,99%). O IPCA-15 variou 0,48% em Belém, 0,64% em Belo Horizonte, 0,70% em Curitiba, 0,47% em Fortaleza, 0,58% em Goiânia, 0,50% em Porto Alegre, 0,67% no Rio de Janeiro e 0,71% em São Paulo.

O IPCA de janeiro será divulgado em 7 de fevereiro.