IPCA-15

‘Prévia’ da inflação oficial sobe em novembro; taxa acumulada se mantém abaixo de 6%

Preços dos alimentos aumentaram e foram responsáveis por mais de um terço da alta mensal

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial, teve alta de 0,57% em novembro, superior à de outubro (0,48%) e levemente acima de igual mês do ano passado (0,54%). Os resultados foram divulgados na manhã de hoje (19) pelo IBGE. No ano, a taxa chegou a 5,06%, praticamente a mesma de igual período de 2012 (5,05%). Em 12 meses, se mantém abaixo de 6%, agora em 5,78%, ante 5,75% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Dos nove grupos que compõem o índice, a maior alta foi do Vestuário (0,96%), mas o maior impacto na taxa geral veio de Alimentação e Bebidas, que com variação de 0,84% foi responsável por mais de um terço do índice (0,21 ponto percentual). Apenas o item carnes, que subiu 2,34%, representou 0,06 ponto. O IBGE destacou também os itens refeição consumida em restaurante (0,83%) e tomate (23,36%) – cada um respondeu por 0,04 ponto. Outros alimentos ficaram mais caros no mês, casos do macarrão (2,15%), frango em pedaços (1,69%) e pão francês (1,09%).

Em Despesas Pessoais, o item empregado doméstico, com alta de 0,97%, também foi responsável por 0,04 do índice geral. O instituto cita ainda as variações dos itens excursão (2,40%) e cigarro (1,15%) – este segundo produto teve reajuste médio de 13%, a partir do dia 2, em parte das regiões pesquisadas.

No grupo Transportes (variação de 0,39%), os preços das passagens aéreas subiram 6,56%, a gasolina aumentou 0,31% e o etanol, 1,02%. Também ficaram mais caras (3%) as passagens de ônibus interestaduais.

Dos que subiram menos de outubro para novembro, Habitação foi de 0,67% para 0,50% e Artigos de Residência, de 0,97% para 0,55%. Vários itens tiveram taxas menores: aluguel (de 1,02% para 0,5%), condomínio (de 0,90% para 0,25%), gás de botijão (de 2,36% para 0,81%) e eletrodomésticos (de 1,54% para 0,79%), entre outros.

O maior índice entre as áreas pesquisadas foram das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (0,76%, com aumento de taxas de água e esgoto e energia elétrica) e de Fortaleza (0,75%, com impacto do item alimentação fora do domicílio). O menor foi registrado em Recife (0,33%), onde os alimentos ficaram praticamente estáveis, com variação de 0,02%.

O IPCA-15 variou 0,39% em Belém, 0,55% em Belo Horizonte, 0,73% em Brasília, 0,71% em Curitiba, 0,68% em Goiânia e em Porto Alegre, 0,37% em Salvador e 0,50% em São Paulo.

Os resultados do IPCA e do INPC deste mês serão divulgados em 6 de dezembro.

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