Preços

Prévia da inflação oficial sobe em outubro, mas acumulado em 12 meses recua

Segundo o IBGE, despesas com alimentação e habitação pressionaram a taxa no mês. Subiram preços de carnes, frango, frutas e pão

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As carnes tiveram aumento de 2,36%, o que representou impacto de 0,06 na taxa geral

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial (IPCA), variou 0,48% em outubro, acima de setembro (0,27%) e abaixo de igual mês do ano passado (0,65%). Com isso, o acumulado em 12 meses foi a 5,75%, taxa inferior à dos 12 meses imediatamente anteriores (5,93%). No ano, o índice soma 4,46%, pouco menos que em igual período de 2012 (4,49%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (18) pelo IBGE.

A taxa subiu pelo terceiro mês seguido. Mas os índices acumulados vêm mostrando tendência de recuo. Em junho, por exemplo, o IPCA-15 em 12 meses atingiu 6,67%, quase um ponto percentual a mais do que o nível atual.

Segundo o instituto, as despesas com alimentação e habitação foram as principais responsáveis pela alta do mês, com variações de 0,70% e 0,67%, respectivamente, ante 0,04% e 0,53% em setembro. Somados, os dois grupos, com impacto de 0,27 ponto percentual responderam por 56% do índice de outubro.

Apenas na região metropolitana de São Paulo, o grupo Alimentação e Bebidas teve alta de 1,22% – e queda de 0,02% em Brasília e 0,39% em Salvador. O item carnes registrou aumento de 2,36% e representou impacto de 0,06 na taxa geral. Também subiram de preço o frango (4,87%), as frutas (3,32%) e o pão francês (2,62%).

Em Habitação, o IBGE apurou altas no gás de botijão (2,36%), aluguel residencial (1,02%) e condomínio (0,90%). O custo com energia elétrica recuou 0,14%.

Além disso, entre os demais grupos, aumentaram os custos com eletrodomésticos (1,54%), artigos de mobiliário (1,11%), calçados (1,38%), roupas femininas (1,26%), serviços de manicure (1,06%), empregado doméstico (0,70%) e cabeleireiro (0,67%). Recuaram os preços das passagens aéreas (-1,99%) e gasolina (-0,37%).

Entre os índices regionais, o mais alto foi o da cidade de Goiânia (0,89%), onde a gasolina aumentou 5,12% e o etanol, 7,60%, além da pressão do item refeição fora de casa (2,13%). O mais baixo foi a da região metropolitana de Salvador (-0,08%), com queda de 0,65% nos alimentos consumidos no domicílio. A taxa foi a 0,64% na região metropolitana de São Paulo, 0,47% no Rio de Janeiro, 0,26% em Belo Horizonte e 0,63% em Porto Alegre.

O IPCA de outubro será divulgado em 7 de novembro.

 

 

 

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