Menos vagas

Mercado formal perde força, e país cria 42 mil empregos com carteira em julho

No ano, saldo é de 907 mil empregos, com destaque para o setor de serviços. Para o Ministério do Trabalho, resultado mantém trajetória de crescimento, mas revela perda de dinamismo

Fernando Stankuns

O setor de construção civil foi responsável por gerar 4.899 empregos

São Paulo – Depois de certa recuperação no mês anterior, o mercado formal mostrou desempenho fraco em julho, com saldo de 41.463 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com os dados do Cadastro Gral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na tarde de hoje (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foi o menor saldo para o mês desde 2003. “Este resultado mantém trajetória de crescimento, revelando sinais de perda de dinamismo na geração de emprego”, diz o MTE. No ano, de janeiro a julho, o país abriu 907.214 vagas formais.

Para o ministro Manoel Dias, os dados mostram crescimento. “O conjunto da nossa economia está gerando emprego, não estamos com emprego negativo”, afirmou.

O resultado de julho foi sustentado pelo setor de serviços, que abriu 11.234 empregos com carteira, e pela agropecuária, com 18.133. Outros 7.154 vieram da indústria de transformação e 4.899, da construção civil. Praticamente estável, o comércio criou 1.545 postos de trabalho.

No ano, os serviços respondem por mais de 40% das vagas abertas: 384.190, crescimento de 2,27% sobre o estoque. Percentualmente, a maior alta é da agropecuária (8,85%), que abriu 139.350 vagas. A construção abriu 146.638 (4,71%) e a indústria, 198.332 (2,42%). O comércio fechou 3.324 postos de trabalho (-0,04%).

Em 12 meses, o Caged tem 918.193 empregos com carteira a mais no país, expansão de 2,32% no estoque, que agora chega a 40,454 milhões de vagas formais.