Preços

IPCA-15 sobe em agosto, mas taxa acumulada em 12 meses volta a recuar

Alimentos e itens de transporte continuaram em queda, em ritmo menor. O índice de 6,15% em 12 meses é o menor desde janeiro

ABr

Setor de saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,20% para 0,45%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgado hoje (21) pelo IBGE, teve variação de 0,16% neste mês, acima de julho (0,07%), mas abaixo de agosto de 2012 (0,39%). Com isso, a taxa acumulada em 12 meses recuou pela segunda vez seguida e passou de 6,40% para 6,15%, a menor desde janeiro (6,02%). No ano, o índice soma 3,69%, ante 3,32% em igual período do ano passado.

Segundo o instituto, o crescimento se explica “em grande parte” pela queda menor dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,18% em julho para -0,09%) e Transporte (de -0,55% para -0,30%). Além disso, registraram alta Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,20% para 0,45%) e Educação (de 0,11% para 0,68%).

Em alimentos, o principal impacto (0,06 ponto percentual veio do leite longa vida, com variação de 5,46%. Também se destacaram as altas do feijão preto ((5,35%), cerveja consumida no domicílio (3,33%) e fora do domicílio (1,17%), lanche (0,96%) e refeição (0,36%). Mas vários itens continuaram em queda: tomate (-22,96%), cebola (–20,09%), feijão carioca (–6,03%), batata inglesa (-4,81%) e frutas (-1,99%).

No transporte, o IBGE observa que vários itens “continuaram a refletir as desonerações iniciadas em junho”, citando ônibus urbanos (de -1,02% em julho para -1,69%), ônibus intermunicipais (de -0,91% para -0,70%), trem (de -1,15% para -1,96%) e metrô (de -2,02% para -2,24%). Mas as variações da gasolina (de -0,69% para 0,03%) e do etanol (de -3,71% para -0,22%) fizeram com que o grupo caísse menos no mês.

Em Educação, a alta de 0,11% para 0,68% “refletiu os resultados apurados na coleta realizada no mês de agosto, a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo”. Os cursos regulares tiveram alta de 0,56% e os cursos diversos (como informática e de idiomas), de 1,71%).

O grupo Habitação teve resultado próximo ao de julho (0,56%, ante 0,60%). Segundo o IBGE, a taxa de água e esgoto passou de 0,94% para 0,16% e o aluguel residencial, de 0,83% para 0,74%.

Despesas Pessoais também teve variação menor, de 1,08% para 0,51%. O instituto destaca os itens empregado doméstico (de 1,45% para 0,53%), cabeleireiro (de 1,24% para 0,62%) e manicure (de 0,53% para 0,37%).

Dos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (0,51%), com impacto da energia elétrica (4,52%), “que refletiu o reajuste de 8,64% em suas tarifas a partir de 9 de julho”, além das variações da  gasolina (4,82%) e do etanol (2,04%). O menor foi registrado em Salvador (-0,17%), “onde os alimentos apresentaram queda de 1,23%”.

Em Belo Horizonte e Fortaleza também houve de deflação, de 0,08% e 0,12%, respectivamente. A taxa teve variação de 0,36% em Brasília, 0,34% em Belém, 0,11% em Goiânia, 0,19% em Porto Alegre, 0,01% em Recife e 0,24% em São Paulo.

Os preços foram coletados de 13 de julho a 13 de agosto. O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. A metodologia é a mesma do IPCA – só muda o período de coleta. O IPCA de agosto será divulgado em 6 de setembro.

 

Leia também

Últimas notícias