Vendas no comércio ficam estáveis em maio; no ano, volume e receita crescem

Varejo

Daquella Manera/CC

Hipermercados, , produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram variação positiva de 1,9% em maio

São Paulo – O volume de vendas no comércio varejista ficou estável de abril para maio, enquanto a receita cresceu 0,7%, segundo informou hoje (11) o IBGE. Na comparação com maio do ano passado, o volume subiu 4,5% e a receita, 13,4%. No acumulado do ano, as altas são de 3,3% e 11,6%, enquanto em 12 meses o comércio sobe 6,1% e 12,1%, respectivamente.

Quatro das dez atividades pesquisadas tiveram variação positiva em maio, com destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%). Em relação a igual mês de 2012, apenas uma ficou negativa:  equipamentos e material para escritório, informática e comunicação ficou negativa (-0,5%). O setor de hipermercados teve alta de 2,6%. Também cresceram, entre outros, combustíveis e lubrificantes (8.8%) e móveis e eletrodomésticos (6,8%).

Segundo o IBGE, o segmento de hipermercados, com participação de 29%, voltou a registrar o principal impacto na taxa geral. “A despeito dos aumentos de preços, o aumento do volume de vendas pode ser justificado pela estabilidade do mercado de trabalho, bem como pelos gastos decorrentes da comemoração do Dia das Mães. Nos primeiros cinco meses do ano, a atividade apresentou crescimento de 0,5% e, nos últimos 12 meses, variação de 4,8%”, informa o instituto.

A segunda maior contribuição (20%) foi do setor de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 8,8% ante maio de 2012, 5,8% no ano e 7,4% em 12 meses. “Atribui-se este comportamento à variação de preços dos combustíveis (4,8% do item combustíveis no acumulado dos últimos 12 meses, contra 6,5% do índice geral, segundo o IPCA).”

E o terceiro maior impacto (19%) veio de móveis e eletrodomésticos, com alta de 6,8% no mês, 4% no ano e 8,2% em 12 meses. “Este resultado reflete a política de incentivo do governo ao consumo através da manutenção de alíquotas de IPI reduzidas para móveis e eletrodomésticos, além da disponibilidade do crédito, da estabilidade do emprego e do crescimento da renda.”

Já o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação recuou 0,5% ante abril de 2012 e tem taxa acumulada de 3% no ano e -1,1% em 12 meses. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se o aumento dos preços de produtos que compõem a atividade, que, até fevereiro, apresentaram deflação”, diz o IBGE.

O chamado varejo ampliado, que abrange material de construção e veículos, motos, partes e peças, recuou 0,8% de abril para maio no volume 0,1% na receita. Ante maio de 2012, teve variação positiva de 4,4% e 9,6%, respectivamente. E acumula altas de 5% e 9,5% no ano e de 7,6% e 10,2% em 12 meses.

Veículos, motos, partes e peças (0,4% no volume) teve o terceiro resultado positivo seguido, com crescimento de 4,1% sobre maio do ano passado, de 7,5% no ano e 10,6% em 12 meses. “O congelamento do IPI para os automóveis até o final do ano, anunciado no fim do mês de março, interrompendo a recomposição do tributo, explica tais resultados.”

Também no volume, o segmento de material de construção tem queda de 1,9% no mês e alta de 5% na comparação anual. Sobe 7,2% de janeiro a maio e 6,4% em 12 meses, resultados que segundo o IBGE “refletem o atual cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)”.

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