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Conselho Monetário Nacional mantém em 4,5% meta de inflação para 2015

Conselho também anunciou nesta sexta (28) que pelo terceiro trimestre consecutivo, a taxa de juros de longo prazo (TJLP) foi mantida em 5% ao ano, o menor nível da história

Marcos Santos/USP

Como ocorre habitualmente, poderá haver variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo

Brasília – O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou, há pouco, a manutenção da meta de inflação para 2015 em 4,5%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como ocorre habitualmente, poderá haver variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A meta de inflação é sempre fixada com dois anos de antecedência pelo CMN na reunião de junho. Esse percentual tem sido mantido desde 2005. A meta de inflação definida pelo conselho tem de ser cumprida pelo Banco Central. Quando isso não ocorre, a autoridade monetária precisa informar, por carta, ao Ministério da Fazenda, os motivos do não cumprimento.

O Conselho também anunciou que pelo terceiro trimestre consecutivo, a taxa de juros de longo prazo (TJLP) foi mantida em 5% ao ano, o menor nível da história. O índice é usado nos financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

A cada três meses, o CMN fixa o nível da taxa para o trimestre seguinte. O conselho é composto pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Desde junho de 2009, a TJLP estava em 6% ao ano. A taxa foi reduzida para 5,5% em junho do ano passado e caiu novamente para 5% em dezembro, como medida de estímulo à economia e para refletir a queda dos juros no setor financeiro. Criada em 1994, a taxa é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores: meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.