Mercado de trabalho

Emprego formal tem abril mais fraco desde 2009, mas melhor resultado do ano

País criou 549 mil vagas no ano, 1,087 milhão em 12 meses e 4,139 milhões desde janeiro de 2011

Ministério da Agricultura

O crescimento de 1,59% na agropecuária foi o mais expressivo, o que resultou na criação de 24.807 empregos

São Paulo – O país criou 196.913 vagas com carteira assinada em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na tarde de hoje (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. É o menor resultado para o mês desde 2009, mas o melhor do ano. De janeiro a abril, o saldo é de 549.064 postos de trabalho formais, ante 702.059 e igual período de 2012. O total chega a 1.087.066 em 12 meses (expansão de 2,79% sobre o estoque).

Conforme adiantou ontem a presidenta Dilma Rousseff, desde o início do atual governo, em janeiro de 2011, o mercado formal criou 4.139.853 empregos. O número supera igual período do governo Lula, que teve aproximadamente 2,8 milhões de vagas abertas de janeiro de 2003 a abril de 2005. No entanto, o primeiro ano do ex-presidente foi marcado por uma série de ajustes na economia, que afetaram o mercado. Quando assumiu, em 2003, o governo referia-se ao balanço da administração anterior como “herança maldita”.

Todos os setores pesquisados tiveram aumento no mês passado. O setor de serviços abriu 75.220 empregos, o que representou alta de 0,46%. O maior crescimento percentual (1,59%) foi registrado na agropecuária, que criou 24.807 empregos com carteira. Em seguida, veio a construção civil, com expansão de 1,03%, o equivalente a 32.921 vagas. A indústria de transformação teve expansão de 0,49%, com 40.603 postos de trabalho a mais. O comércio abriu 16.631 (0,19%) e a administração pública, 3.857 (0,43%).

No ano, só o comércio fechou vagas: 41.811 a menos de janeiro a abril (-0,47%). Os serviços criaram 265.278 empregos formais (1,64%), seguido da indústria, com 153.975 (1,88%), e da construção, com 121.013 (3,89%). A administração pública criou 25.157 (2,88%) e a agropecuária, 15.889 (1,01%).