Dilma: Brasil tem de dobrar renda per capita para ser desenvolvido

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (21) que para o Brasil ser considerado um país desenvolvido precisará “dobrar sua renda per capita”, mas ela não se comprometeu com […]

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (21) que para o Brasil ser considerado um país desenvolvido precisará “dobrar sua renda per capita”, mas ela não se comprometeu com um prazo para atingir essa meta ao discursar no almoço com os oficiais generais das Forças Armadas.

“Se quisermos ter uma meta ambiciosa, não vou dizer a data, temos que dobrar a nossa renda per capita. Nós seremos um país desenvolvido se dobrarmos a renda per capita”, discursou a presidenta. Ela voltou a dizer que está tentando dar mais competitividade ao país e citou alguns avanços que na sua avaliação já abriram caminho para isso.

“Se nós queremos nos afirmar diante do mundo, nós temos de ser competitivos. Como seremos? Primeiro, nós não seríamos competitivos com as taxas de juros praticadas no Brasil que eram extremamente divergentes das praticadas em todo o mundo”, discursou Dilma para os militares.          “Também não seríamos competitivos se tivéssemos uma valorização artificial da nossa taxa de câmbio. E terceiro, nós não seremos competitivos se não atacarmos os gargalos da infraestrutura e se não reduzirmos o custo de energia no nosso país.”

Mais cedo, a presidenta lançou um programa de investimentos em aeroportos, e anunciou a concessão de mais dois aeroportos à iniciativa privada –Confins (MG) e Galeão (RJ). Dilma reafirmou ainda sua aposta na educação como forma de garantir uma vida melhor para as crianças e jovens no futuro e disse que por conta disso o governo enviou ao Congresso uma medida provisória, destinando os recursos de royalties de petróleo com futuros campos a serem explorados para a educação.

A distribuição dos royalties de petróleo dos campos já contratados tem mobilizado o Congresso nas últimas semanas, numa disputa entre os estados produtores de petróleo (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo) e os estados não produtores, que reivindicam uma nova fórmula de divisão dessa receita, que atualmente é destinada na sua maior parte para os produtores.