Taxa de desemprego se mantém estável e é a menor para outubro na série histórica

Segundo o IBGE, rendimento médio dos ocupados tem maior valor desde março

São Paulo – A exemplo do que ocorreu no mês anterior, a taxa média de desemprego calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas se manteve estável em outubro (de 5,4% para 5,3%) e foi a menor para esse mês na série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em 2002. Há quatro meses a taxa se mantém entre 5,3% e 5,4%. Em outubro do ano passado, a taxa foi de 5,8%. O número de desocupados foi estimado pelo instituto em 1,314 milhão, com relativa estabilidade tanto na comparação com setembro deste ano (1,326 milhão) como em relação com outubro de 2011 (1,385 milhão).

Já o número de ocupados (23,366 mihões) cresceu 0,9% sobre setembro (202 mil a mais) e 3% ante outubro do ano passado, um acréscimo de 684 mil. O total de trabalhadores com carteira assinada (11,5 milhões) não variou no mês e aumentou 3,2% em 12 meses, o equivalente a 356 mil postos de trabalho formais. Eles representam 49,1% da população ocupada.

A população economicamente ativa (PEA) cresceu 2,5% sobre outubro do ano passado, com 613 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Com a criação de 684 mil vagas no período, o número de desempregados caiu em 71 mil.

Estimado em R$ 1.787,70, maior valor desde março, o rendimento médio dos ocupados ficou estável ante setembro (variação de 0,3%) e cresceu 4,6% na comparação com outubro do ano passado. A massa de rendimentos somou R$ 42,2 bilhões, alta de 1,6% no mês e de 7,9% em 12 meses.

 O número de ocupados na indústria (3,725 milhões) teve pequenas variações positivas tanto sobre setembro (0,5%) como em relação a outubro de 2011 (0,9%). A construção (1,849 milhão) cresceu 4,5% e 8,5%, respectivamente, enquanto o comércio (4,358 milhões) variou 0,4% e 4% e os serviços prestados a empresas (3,743 milhões) subiu 0,9% e 0,7%. O emprego doméstico (1,510 milhão) caiu 2,4% no mês e 1,6% em 12 meses.

A maior taxa em outubro foi a da região metropolitana de Salvador (7%), mesmo assim com queda significativa em um ano (9,4% em 2011). As menores foram as de Belo Horizonte e Porto Alegre, ambas com 3,9%. Em São Paulo, a taxa recuou no mês (de 6,5% para 5,9%), mas ficou um pouco acima de outubro do ano passado (5,6%). No Rio de Janeiro, na comparação anual, recuou 5,7% para 4,6% e em Recife foi de 6% para 5,7%.