Indústria paulista prevê fechar 65 mil vagas este ano, mas espera recuperação

  São Paulo – A indústria paulista, que fechou 3.500 postos de trabalho em outubro, prevê fechar o ano com 65 mil vagas a menos, afirmou hoje (13) o diretor-titular […]

 

São Paulo – A indústria paulista, que fechou 3.500 postos de trabalho em outubro, prevê fechar o ano com 65 mil vagas a menos, afirmou hoje (13) o diretor-titular do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicoas (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) e do Centro das Indústrias (Ciesp), Paulo Francini. A previsão é menos pessimista do que dois meses atrás, quando se previa o fechamento de 80 mil vagas. Para ele, este foi um ano “surpreendentemente negativo” tanto para a indústria como para o governo. “Foram dados vários mecanismos e estabelecidas providências para recuperar a indústria de transformação. Acreditamos que está respondendo, porém em um ímpeto e vigor muito menores do que o desejado e o necessário.” As entidades acreditam que haverá certa recuperação a partir do ano que vem.

De janeiro a outubro, o saldo ainda é positivo, com 21.500 vagas a mais, na menor variação para o período desde 2006, com exceção da crise de 2009 (-1,1%). O resultado se deve ao desempenho do setor de açúcar e álcool, que abriu 41.588 postos de trabalho, enquanto os demais fecharam 20.088. Mas no mês de outubro esse segmento eliminou 1.302 empregos. Máquinas e equipamentos fecharam outras 1.217 vagas e artigos de vestuário, 1.052. O setor de artigos de borracha e material plástico criaram 803 postos de trabalho, seguido de bebidas, com 601.

As previsões para 2013 são mais otimistas. A Fiesp e o Ciesp estimam que a atividade industrial cairá 2,4% este ano, mas terá crescimento de 2,8% no próximo. “Teremos um carregamento estatístico muito positivo para 2013. Um crescimento trimestral da ordem de 0,8 ponto percentual haverá de nos levar a uma expansão do Produto Interno Bruto de 3,5% para o próximo ano”, diz Francini, que espera uma recuperação de 50 mil postos de trabalho no ano que vem.

Dos setores pesquisados, nove tiveram desempenho postivo, nove ficaram negativos e quatro, estáveis. Entre as diretorias regionais, 16 apresentaram resultado negativo e 12, positivo, enquanto oito tiveram estabilidade.