Alimentos seguem pressionando, e IPCA registra segunda alta mensal seguida

Índice calculado pelo IBGE foi a 0,59% em outubro, sob impacto de aumento nos preços do arroz, carnes e refeição fora de domicílio. Taxa está acumulada em 4,38% no ano e 5,45% em 12 meses. E o INPC teve maior variação dos últimos 18 meses

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve a segunda alta mensal seguida e foi a 0,59% em outubro, ante 0,57% no mês anterior, informou hoje (7) o IBGE. Também ficou acima de outubro do ano passado (0,43%). No ano, a taxa está acumulada em 4,38%, abaixo de igual período de 2011 (5,43%). Em 12 meses, vai a 5,45%, ante 5,28% nos 12 meses imediatamente anteriores. A alta dos alimentos teve a maior influência no resultado, conforme detectam outros índices.

De acordo com o instituto, os preços dos alimentos subiram 1,36% no mês passado – ante 1,26% em setembro – e foram responsáveis por 54% do resultado (0,32 ponto percentual. Nas regiões metropolitanas de Belém e Fortaleza, as altas chegaram a 3,05% e 2,12%, respectivamente. Individualmente, o arroz, com variação de 9,88%, teve impacto de 0,06 ponto. Em seguida, vieram carnes, 2,04% mais caras e com impacto de 0,05 ponto. A refeição fora do domicílio aumentou 0,7% e registrou impacto de 0,03.

Dos nove grupos que formam o IPCA, seis superaram as variações de setembro. Os artigos de vestuário, por exemplo, passaram de 0,89% a 1,09%, enquanto os artigos de residência subiram 0,37%, ante 0,18% no mês anterior. Em transporte, a variação foi de -0,08% para 0,24%, com alta de 0,75% no litro de gasolina – que havia caído 0,13% em setembro. O combustível também teve impacto de 0,03 na taxa geral. O item automóvel novo foi de -0,08% para 0,32%.

Entre os que registraram menor variação, o item empregados domésticos foi de 1,24% para -0,16% no mês passado. Em habitação, a taxa de água e esgoto foi de 0,92% para 0,63%, o aluguel residencial recuou de 0,61% para 0,51% e o gás de botijão, de 1,27% para 0,49%.

O IBGE apurou a maior alta em Belém: 1,02%, com os alimentos respondendo por 98% da variação. O menor índice foi o de Curitiba (0,39%), com queda em automóveis usados (-3,38%) e no preço da gasolina (-1,08%). O IPCA variou 0,47% em Belo Horizonte, 0,74% em Brasília, 0,86% em Fortaleza, 0,88% em Goiânia, 0,50% em Porto Alegre, 0,71% em Recife, 0,47% no Rio de Janeiro, 0,87% em Salvador e 0,53% em São Paulo.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,71% em outubro, na maior variação desde abril do ano passado (0,72%). A taxa está acumulada em 4,85% no ano, ante 4,94% em igual período de 2011. Em 12 meses, foi a 5,99%, ante 5,58% nos 12 meses imediatamente anteriores. Essa é a maior taxa acumulada em 2012.