Juros para as famílias alcançam menor nível registrado pelo Banco Central

No cheque especial, taxa é a menor desde março de 2008, mas ainda fica em 151% ao ano

Brasília – As famílias pagaram taxa média de juros de 36,2% ao ano, em julho deste ano, o nível mais baixo da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1994. Em relação a junho, houve redução de 0,3 ponto percentual, segundo pesquisa divulgada hoje (30). 

No caso das empresas, o recuo foi 0,2 ponto percentual de junho para julho, chegando a 23,6% ao ano. Com isso, a taxa média geral, de pessoas físicas e jurídicas, caiu 0,4 ponto percentual, alcançando patamar de 30,7% ao ano.

O spread (diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes) para pessoas físicas também caiu 0,1 ponto percentual no mesmo período, ficando em 28,4 pontos percentuais. Para as empresas, houve alta de 0,1 ponto percentual, para 16%.

A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, apresentou leve alta de 0,1 ponto percentual para as famílias e ficou em 7,9%, em julho. No caso das empresas, o indicador ficou estável em 4%.

Já a taxa de juros do cheque especial caiu 16,1 pontos percentuais, de junho para julho. Ficou em 151% ao ano, a menor da série histórica do Banco Central (BC) desde março de 2008 (149,8% ao ano). 

Apesar da redução, a taxa do cheque especial continua sendo uma das mais altas do mercado. No caso do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, a taxa chegou a 39,9% ao ano, com alta de 0,3 ponto percentual.

A taxa para a compra de veículos, ficou em 21% ao ano, com variação 0,3 ponto percentual em relação a junho. A taxa média de juros cobrada das famílias chegou a 36,2% ao ano, em julho deste ano, o nível mais baixo da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1994. Em relação a junho, houve redução de 0,3 ponto percentual.

Já o volume de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,184 trilhões, em julho, com alta de 0,7% em relação a junho e de 17,7% em 12 meses, informou hoje (30) o Banco Central (BC). Segundo o relatório do BC, o crescimento do crédito é “compatível com a evolução moderada da atividade econômica.”

“A expansão do crédito foi mais expressiva no crédito direcionado [operações com taxas de juros ou recursos pré-estabelecidos por normas governamentais], sustentada pelo desempenho favorável do crédito habitacional e das operações do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social]”, diz o relatório.

Em julho, o volume de crédito representou 50,7% do Produto Interno Bruto (PIB), todas as riquezas produzidas pelo país – resultado estável na comparação com junho. Em julho do ano passado, o volume era 46,1% do PIB.

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