Investimento da Petrobras cresce 22%, mas câmbio provoca prejuízo de R$ 1,3 bi

Desvalorização do real no primeiro semestre, 11% em média, levou companhia a primeiro resultado negativo dos últimos 10 anos

São Paulo – As 24 empresas que integram o Grupo Petrobras investiram R$ 37,9 bilhões entre janeiro e junho, 22,2% acima dos R$ 31 bilhões registrados em igual período de 2011, segundo balanço de investimento das estatais federais do Ministério do Planejamento.

Ao mesmo tempo, o resultado econômico do primeiro trimestre apontou prejuízo de R$ 1,3 bilhão nas contas da companhia. Foi o primeiro prejuízo nos últimos dez anos. Segundo a estatal, o resultado foi fortemente influenciado pela depreciação do real em relação ao dólar – que tanto no fechamento do semestre como na cotação média do período chegou a cair 11%.

Em fevereiro, a Petrobras informou previsão de investimentos de R$ 87,5 bilhões neste ano, ante R$ 73 bilhões investidos em 2011.

Entre as 24 empresas do grupo, os maiores gastos com investimento no primeiro semestre foram feitos pela Petróleo Brasileiro S.A (R$ 25,2 bilhões), pela Refinaria Abreu e Lima em obras na unidade de Pernambuco (R$ 4,6 bilhões) e pela Petrobras Netherlands (R$ 3,2 bilhões).

Em meados de junho, a Petrobras anunciou que seu plano de investimento de 2012 a 2016 deverá totalizar 236,5 bilhões de dólares.

Prejuízo

As condições adversas do câmbio no primeiro semestre teve impacto ainda maior sobre o resultado financeiro da companhia, que registrou queda de R$ 7,3 bilhões.

“O resultado operacional também foi influenciado pelo câmbio e, em consequência, os custos dos produtos comercializados não beneficiou da redução de 9% na cotação média do petróleo em relação ao trimestre anterior, pois o impacto da variação cambial resultou em aumento de apenas 1% no valor do óleo em real”, diz o comunicado da estatal.

Para piorar ainda mais a situação da companhia, a demanda interna cresceu 4%, o que levou a estatal a importar mais derivados, principalmente gasolina e óleo diesel, para atender ao mercado a um custo mais elevado que o de revenda.

Com agências

 

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