Após reunião, Mantega descarta atuação do governo sobre demissões na GM

Ministro da Fazenda afirma que o importante é a criação de empregos na indústria automobilística em geral e adianta que redução de IPI não será renovada

Em reunião com o vice-presidente da Anfavea, Luiz Moan, o ministro Guido Mantega disse que não cabe ao governo intervir (Antônio Cruz/ABr)

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou hoje (31) a possibilidade de uma atuação do governo federal para evitar demissões na unidade da General Motors em São José dos Campos, no interior paulista. “Há problemas localizados em São José dos Campos. Não cabe ao governo entrar nos detalhes, é (um assunto) da organização interna da empresa”, afirmou após reunião com representantes da empresa e da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em Brasília. “Foi cumprido o compromisso de não demissão e até de aumento de empregos. O total de emprego, na Anfavea como um todo, era 144,9 mil empregos, em maio, 146,9 mil, em junho. O que nos interessa é que a GM tenha saldo positivo e esteja contratando, e isso está sendo cumprido”, acrescentou.

Em maio, o governo federal editou um pacote de incentivos para a indústria automobilística que tinha como contrapartida a manutenção do emprego em meio à incerteza com o cenário externo. Entre as medidas estava a redução das alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cujo prazo se esgota em agosto. ““Não está em cogitação a prorrogação”, informou o ministro. 

O diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, apresentou na conversa a versão de que a criação de empregos nas fábricas da montadora foi de 2.063 vagas este ano. Mas ele confirmou que a mudança do destino dos investimentos da empresa no país levará a um fechamento de postos na unidade do interior paulista. “Temos excedente em uma das fábricas de São José dos Campos, temos o compromisso de negociação cautelosa com o sindicato.”

Com informações da Agência Brasil e da Reuters.