Cesta básica mantém tendência de alta

Em maio, preços subiram em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Com base no maior valor, o de São Paulo, salário mínimo necessário foi calculado em R$ 2.383,28

 São Paulo – O preço da cesta básica manteve tendência de alta em maio, com aumentos em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Das cinco maiores elevações, quatro foram em cidades do Nordeste: Recife (7,12%), Fortaleza (6,91%), Salvador (4,74%) e João Pessoa (4,14%). Em Goiânia, a alta foi de 4,69%. Só houve queda em Florianópolis (-1,01%) e Brasília (-0,9%).

Com variação de 2,32% no mês, a cesta de São Paulo continuou sendo a mais cara (R$ 283,69). O menor preço foi o de Aracaju (R$ 199,26). Com base no maior valor, o instituto estimou o salário mínimo necessário para uma família em R$ 2.383,28, ou 3,83 vezes o oficial (R$ 622). Essa proporção foi de 3,74 em abril e de 4,21 em maio do ano passado.

No ano, o valor da cesta básica não aumenta em apenas cinco capitais, com destaque para Florianópolis (-2,72%), Porto Alegre (-1,59%) e Vitória (-1,54%). Os maiores aumentos foram apurados em Recife (11,08%) e João Pessoa (10,64%).

Em 12 meses, até maio, o aumento é generalizado. As maiores altas foram calculadas em Recife (15,54%), João Pessoa (12,87%), Salvador (12,77%) e Manaus (11,13%). As menores, em Florianópolis (0,07%) e no Rio de Janeiro (0,19%).

Segundo o Dieese, para adquirir a cesta o trabalhador que recebe salário mínimo precisou cumprir, em média, jornada de 88 horas e 21 minutos, acima de abril (85 horas e 53 minutos) e abaixo de maio de 2011 (95 horas e 16 minutos).

A maior parte dos produtos teve alta em maio. Os destaques foram óleo de soja e banana, que aumentaram em 16 das 17 capitais pesquisadas. Os preços do feijão e do tomate subiram em 15 e os do arroz, em 14.