Brasil vai adotar salvaguardas para garantir competitividade dos produtos nacionais

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (3) que o Brasil vai redobrar os esforços para garantir as exportações indicando que os negociadores brasileiros irão a todas as instâncias […]

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (3) que o Brasil vai redobrar os esforços para garantir as exportações indicando que os negociadores brasileiros irão a todas as instâncias possíveis para assegurar a competitividade dos produtos nacionais. A presidenta condenou medidas protecionistas, adotadas por alguns países ricos, e a desvalorização da moeda para beneficiar a produção local, como fazem os chineses.

Dilma adiantou que o governo vai adotar “todas as salvaguardas possíveis” que assegurem a competitividade dos produtos nacionais no exterior. Segundo ela, é fundamental a defesa de um mercado mais equilibrado e justo por meio de boas práticas.

“Nós também temos de lutar contra a concorrência predatória e desleal, contra o dumping, contra práticas protecionistas ilegítimas e diante disso vamos agir com firmeza nos organismos internacionais e adotar todas as salvaguardas possíveis para defender nossas empresas, nossos empregos e a renda dos nossos trabalhadores”, disse a presidenta, no lançamento de medidas de estímulo à indústria e incentivo à economia, no Palácio do Planalto.

Em seguida, Dilma reiterou que, apesar da insatisfação gerada por ações inadequadas de alguns países, está garantido o cumprimento de acordos internacionais. “Vamos agir sempre dentro das normas internacionais”, disse. “Mas vamos continuar a exigir que novas práticas, como a desvalorização da moeda, sejam condenadas como práticas competitivas predatórias”.

A presidenta reiterou ainda que decisões tomadas pelo governo,como as recentes alterações no regime automotivo brasileiro, não devem ser interpretadas como protecionismo, mas como ações de preservação do mercado interno.

“Estava em curso um processo de tentativa de canibalização de mercado, aqui representado algumas das maiores empresas automobilísticas do mundo, a nossa preocupação com a criação de um regime automobilístico. Não é protecionismo, mas defesa comercial que é radicalmente diferente”, disse a presidenta.

Dilma lembrou que houve um “crescimento estarrecedor” do setor automobilístico nacional e disse que o Brasil é quarto mercado consumidor de veículos no mundo. Segundo ela, esse crescimento não é negativo. O que é condenável é a forma como alguns governos atuam para preservar os lucros e acabam prejudicando as nações concorrentes.

Dilma encerrou o discurso destacando que o “cenário internacional é extremamente desfavorável”, mas que o governo se empenhará em buscar meios para fortalecer a indústria nacional, estimulando o que chamou de “investimento positivo” no Brasil e assegurando o mercado de trabalho.

 

Leia também

Últimas notícias