Centrais protestam em São Paulo e no Rio por redução mais rápida dos juros

São Paulo – Centrais sindicais prometem manifestações conjuntas, nesta semana, em São Paulo e no Rio de Janeiro, por redução mais rápida na taxa básica de juros, a Selic. A […]

São Paulo – Centrais sindicais prometem manifestações conjuntas, nesta semana, em São Paulo e no Rio de Janeiro, por redução mais rápida na taxa básica de juros, a Selic. A data do protesto coincide com a primeira reunião no ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em Brasília, que definirá a meta da Selic, atualmente em 11% ao ano.

No Rio, o protesto está programado para esta terça-feira (17), primeiro dia da reunião. A concentração começa às 11h, em frente à sede do Banco Central, na avenida Presidente Vargas, região central. Em São Paulo, nesta quarta (18), às 10h, a manifestação também ocorre diante da sede da autoridade monetária na cidade, na avenida Paulista.

Segundo a CUT do Rio, apesar de ter promovido quedas de 0,5 ponto percentual na taxa nas três últimas reuniões, o Copom precisa acelerar o ritmo de redução, porque o Brasil “continua ainda com o vergonhoso título de campeão” de juros, com as taxas reais – descontada a inflação – do mundo. A crítica é de que o cenário favorece a investidores do mercado financeiro, voltados a luvros rápidos e não investimentos no setor produtivo brasileiro.

O ato no Rio é promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). Em São Paulo, a CUT não confirma a presença de representantes no ato.

A expectativa para a primeira reunião do Copom no ano é de uma nova redução de 0,5 ponto percentual, o que levaria a meta da taxa a 10,5% ao ano. O desaquecimento da economia no segundo e terceiro trimestres de 2011 foram as principais motivações do Banco Central para reduzir os juros. A provável recuperação a partir de novembro indica que o caminho de estímulo ao consumo das famílias rendeu resultados, contornando os efeitos indiretos da crise externa, que atinge países da Europa e os Estados Unidos.

 

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