São Paulo – Nove entre 17 capitais registraram queda no preço da cesta básica em setembro, segundo pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O recuo mais expressivo foi observado em Natal, de 6,17%, João Pessoa (-2,85) e Aracaju (-2,19). Nos outros seis estados, a retração ficou abaixo de 1%. Vitória não apresentou alteração ante o mês passado.

A capital gaúcha continua sendo a mais cara, com média de R$ 272,09. Em São Paulo, que teve oscilação de 0,16%, o valor do conjunto de alimentos essenciais correspondeu a R$ 267,19. Os valores se seguem com Florianópolis (R$ 260,33), Belo Horizonte (R$ 250,96) e Rio de Janeiro (R$ 250,81). As cestas mais baratas foram registradas em Aracaju (R$ 183,61), João Pessoa (R$ 196,69) e Fortaleza (R$ 203,20).

O cálculo do salário mínimo que supra as despesas da família para este mês foi estimado em R$ 2.285,83, correspondente a 4,19 vezes o mínimo em vigor (R$ 545). No mesmo período em 2010, o mínimo pesquisado era de R$ 2.047,58. Segundo o levantamento, o trabalhador comprometeu neste mês 93 horas e 58 minutos em média para a aquisição da cesta de alimentos.

No acumulado de 12 meses, nenhuma capital teve variação negativa: Florianópolis (16,36%), Belo Horizonte (15,30%), Rio de Janeiro (14,24), Brasília (12%), Porto Alegre (11,64), Belém (11,57%), São Paulo (10,83%), Vitória (10,76%) e Curitiba (10,39%). Os outros estados variaram menos de 10%.

O alimento que mais encareceu foi o leite, em 15 capitais, com maior taxa em Natal (14,93%), sendo que apenas Porto Alegre e Salvador reduziram os preços (-1,75 e -2,94, respectivamente). No acumulado, 16 capitais apresentaram alta do preço do produto. Uma das causas apontadas pelo Dieese é a forte seca em todo o país, que comprometeu os pastos e levou a diminuição da produção do leite.