Ao presidente da Ucrânia, Dilma volta a defender medidas de estímulo à economia

O presidente ucraniano e Dilma durante a cerimônia oficial (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, voltou a defender, nesta terça-feira (25), a necessidade […]

O presidente ucraniano e Dilma durante a cerimônia oficial (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, voltou a defender, nesta terça-feira (25), a necessidade de medidas de estímulo econômico para superar a crise em países europeus. Em reunião com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, em visita oficial ao país, Dilma reforçou a linha que o Brasil deve adotar na Cúpula do G20, programada para novembro em Cannes, na França. O encontro foi privado, seguido de pronunciamento à imprensa.

“A saída da crise exige a combinação equilibrada entre medidas de ajuste fiscal e de estímulo ao crescimento econômico e ao emprego”, resumiu Dilma. Atualmente, a maior parte dos países que vivem dúvidas sobre a capacidade de pagamento de suas dívidas soberanas tem adotado cortes orçamentários (incluindo em seguridade social), que podem agravar a crise por serem recessivas e provocarem desemprego. “É preciso um esforço concertado de reequilíbrio de toda economia internacional”, destacou.

Para a presidenta, a falta de uma ação rápida e articulada só levará ao agravamento da crise, “com sérias consequências políticas e sociais”.

Uma das preocupações é a possibilidade de se tentar “transferir” os efeitos da crise para países emergentes, como o Brasil. A desvalorização artificial de moedas – como a que ocorre com o dólar – para favorecer as exportações dos países desenvolvidos tende a prejudicar nações em desenvolvimento. A prática, batizada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de “guerra cambial”, aliada a “políticas monetárias excessivamente expansivas”  seria uma forma de repassar os custos da crise para China, Índia, Brasil, entre outros.

No encontro privado ocorrido no Palácio do Planalto, os dois presidentes conversaram também sobre a preparação para a Conferência Rio+20 e sobre questões de paz e segurança. O Brasil e a Ucrânia assinaram acordos nas áreas de defesa, saúde, agropecuária e promoção de investimentos.

Com informações da Agência Brasil