Açúcar e carne elevam preço da cesta básica em 10 de 17 capitais, aponta Dieese

Alta significativa destes produtos se deve principalmente a fatores climáticos

São Paulo – O preço da cesta básica voltou a subir na maior parte das capitais, segundo levantamento de agosto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta sexta-feira (2).

Ao contrário de julho, quando 14 das cidades pesquisadas registraram queda no valor dos alimentos, a pesquisa indicou alta no custo dos produtos em dez localidades do país, das 17 capitais analisadas, como no Rio de Janeiro (4,82%), Porto Alegre (4,49%), Curitiba (2,19%), Aracaju e Florianópolis (ambos com 2,02%).

Os estados que retraíram os preços foram Fortaleza (-4,13%) e Natal (-1,70%). Em São Paulo, o custo total da cesta foi de R$ 266,75, seguido de Florianópolis (R$ 260) e Rio de Janeiro (R$ 253,10). Já os menores valores foram registrados em Aracaju, com R$ 187,73, João Pessoa (R$ 202,47) e Fortaleza (R$ 205,84). O salário mínimo necessário estipulado pelo Dieese para que as despesas sejam supridas ficou em R$ 2.278,77, correspondendo 4,18 vezes o mínimo em vigor (R$ 545).

A entidade aponta que, de janeiro a agosto de 2011, a variação acumulada do preço da cesta é negativa em Goiânia (-3,15%), Manaus (-1,57%) e Natal (-0,13%). Os maiores aumentos no acumulado são em Florianópolis (9,18%), Porto Alegre (7,57%) e Aracaju (6,74%). Considerando os últimos 12 meses, nenhuma das capitais apresentou variação acumulada negativa.

A maior parte dos itens da cesta tiveram alta em agosto, com destaque para o acúcar – que teve sua produção prejudicada por condições climáticas e também excesso de sol na colheita – com aumento em 16 das 17 capitais pesquisadas, principalmente em Brasília (11,54%) e São Paulo (9,05%). O preço da carne registrou aumento em 13 capitais. Nos últimos 12 meses, o item encareceu expressivamente em todas as 17 capitais devido à perda de peso do gado com as geadas.