São Paulo – A economia brasileira cresceu, no segundo trimestre, 3,1% comparada ao mesmo período de 2010. A soma de todas as riquezas produzidas no país, o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegou a R$ 1,02 trilhão de abril a junho. Em relação aos primeiros três meses deste ano, o avanço foi de 0,8%. Nos últimos 12 meses, a expansão chega a 4,7%.

A expansão de 3,6% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2010 indica desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira. A trajetória de esfriamento vem sendo registrada desde o quarto trimestre de 2010. Medidas de restrições ao crédito, adotadas no fim do ano passado, e aumentos nas taxas de juros nos primeiros meses de 2011 são apontadas como responsáveis pelos resultados. A retração econômica de países desenvolvidos também contribuem para a redução do crescimento.

Os 3,1% de crescimento representam o pior resultado na comparação anual desde o terceiro trimestre de 2009, quando houve retração de 1,8%. O resultado era esperado por economistas. No total do primeiro semestre desse ano, o PIB cresceu em 3,6%.

De um trimestre para o outro, o principal puxador do crescimento foi o setor de serviços (0,8%), seguido pela indústria (0,2%). A agropecuária teve queda de 0,1%. Em relação ao segundo trimestre de 2010, os serviços também foram o setor econômico com maior expansão (3,4%).

O nível de investimentos (formação bruta de capital fixo) aumento em 1,7% no segundo trimestre. A taxa de investimento em relação ao PIB alcançou 17,8%, inferior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,2%). O consumo do governo cresceu 1,2% e o das famílias, 1%.

Serviços

Os principais destaques no setor de serviços foram serviços de informação (1,9% em relação ao primeiro trimestre e 5,5% na comparação com igual período de 2010) e bancos – intermediação financeira e seguros – (1,6% e 4,5%). O comércio teve crescimento de 1,1% no período e 4,9% ante o ano passado.

O crescimento da indústria foi resultado principalmente do segmento extrativo mineral,  com alta de 2,2% no período e 2,7% na comparação com 2010. A produção e a distribuição de eletricidade, gás e água também teve aumento (1,5%). A indústria de transformação teve variação nula, e 1,2% de avanço em relação a 2010.

Com informações da Agência Brasil