Dilma promete ‘combate acirrado’ contra inflação

Brasília – Pouco antes de ser reunir na manhã desta segunda-feira (25) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo tem “imensa preocupação” […]

Brasília – Pouco antes de ser reunir na manhã desta segunda-feira (25) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo tem “imensa preocupação” com a inflação e fará um “combate acirrado” ao aumento dos preços.

“Nós temos imensa preocupação com a inflação. Não há a hipótese de que o governo se desmobilize diante da inflação, todas as nossas atenções vão estar voltadas para um combate acirrado”, disse Dilma, após sair do posto médico do Palácio do Planalto, onde recebeu a vacina contra a gripe.

No início de abril, Mantega anunciou aumento de impostos sobre empréstimos tomados no exterior para conter a valorização do real e da tributação do crédito a pessoas físicas para segurar o aumento de preços. Na ocasião, o ministro afirmou que novas ações poderiam ser anunciadas pelo para conter a alta da inflação e a queda do dólar.

Focus

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano deve fechar em 6,34%, de acordo com pesquisa feita pelo Banco Central (BC) com analistas financeiros e divulgada também nesta segunda-feira  no boletim Focus.

Os entrevistados aumentaram a expectativa de inflação pela sétima semana seguida e o índice já é superior aos 5,6% estimados pelo BC no Relatório Trimestral de Inflação divulgado no final de março. A perspectiva de inflação para 2012 permaneceu em 5%.

O Índice de Preços ao Consumidor medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) também aumentou um pouco e passou de 5,54%, na pesquisa anterior, para 5,57%, com evolução também de 4,75% para 4,76% na perspectiva de inflação para 2012. O IPC-Fipe se refere somente ao município de São Paulo.

O boletim Focus manteve a perspectiva de 4,80%, este ano, para o reajuste dos preços administrados ou monitorados por contrato (combustíveis, energia, telefonia fixa, educação, saúde e outros) e a projeção para 2012 continua em 4,5%.

Houve pequena evolução também com relação aos preços no atacado como mostram os dois índices medidos pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 7% para 7,01% e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) aumentou de 7,04% para 7,06%. Ambos apontam 5% no ano que vem.

Edição: Fábio M. Michel