Mercado formal volta a bater recorde e cria quase 281 mil vagas em fevereiro

Ministério do Trabalho prevê abertura de 3 milhões de empregos em 2011

São Paulo – O mercado formal criou 280.799 vagas em fevereiro, saldo recorde para o mês, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. A série histórica começa em 1992, e o melhor resultado de fevereiro era do ano passado (209.425). O total do primeiro bimestre, 448.742 empregos com carteira assinada, também foi recorde. O número inclui dados revisados de janeiro, com informações entregues fora do prazo. 

O saldo de fevereiro foi resultado de números também recordes de admissões (1.797.217) e demissões (1.516.418) no mês. O setor de serviços teve o melhor saldo da série histórica, com 134.342 vagas. Indústria (60.098 empregos formais) e construção civil (30.701) registraram os segundos melhores resultados, de acordo com o ministério.

Em 12 meses, até fevereiro, o saldo do Caged chega a 2.523.029 empregos com carteira, com expansão de 7,45% sobre o estoque. Nesse período, o total de admissões superou 20,746 milhões e o de demissões, a 18,223 milhões. A alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro leva o ministro Carlos Lupi a defender cursos de requalificação para trabalhadores que recebem seguro-desemprego.

 “As empresas estão contratando mais do que demitindo, mas não deixaram de demitir, e estão demitindo mais do que nunca. Quanto mais aquecido estiver o mercado, maior será a rotatividade de mão de obra, e mais benefícios de seguro-desemprego teremos que pagar. Por isso, defendo que o trabalhador beneficiário do seguro seja obrigado a participar de cursos de qualificação, que o Ministério da Educação está desenvolvendo”, afirmou o ministro.

 Ele prevê que 2011 registrará novo recorde do Caged, atingindo aproximadamente 3 milhões de empregos formais, superando os 2,5 milhões do ano passado.

Ainda em 12 meses, o setor de serviços tem saldo de 214.639 vagas (crescimento de 1,49%), a indústria criou 115.664 empregos formais (1,45%) e a construção civil, 65.607 (2,58%, a maior alta percentual). A agropecuária cresceu 2,05%, o correspondente a 30.479 postos de trabalho, enquanto o comércio ficou praticamente estável (0,04%, com 2.928 vagas a mais).

 Indústria

Também nesta terça-feira (15), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e o Centro das Indústrias do Estado (Ciesp) informaram que o nível de emprego no setor aumentou 0,56% de janeiro para fevereiro, o correspondente à abertura de 20.500 postos de trabalho. No bimestre, o total chegou a 34.500, crescimento de 1,36%. Em 12 meses, são 112 mil vagas a mais, expansão de 4,57%.