Inflação medida pelo IGP-10 diminui e fica em 0,84% em março

Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) ficou em 0,84% em março. O resultado é menor do que o observado um mês antes, quando […]

Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) ficou em 0,84% em março. O resultado é menor do que o observado um mês antes, quando a taxa foi de 1,03%. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), houve decréscimo em todos os três componentes do IGP-10. O indicador serve, entre outros, de referência nos reajustes de tarifas públicas, como água e luz.

No caso do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que corresponde a 60% do índice global, a taxa diminuiu de 1,16% em fevereiro para 0,99% em março, influenciada pela redução em bens intermediários (de 0,87% para 0,67%) e em matérias-primas brutas (de 3,10% para 1,48%). Já os bens finais subiram de –0,19% para 0,94%. De acordo com a FGV, as maiores pressões sobre o IPA partiram do café em grão (12,01%), algodão em caroço (11,44%) e milho (4,71%). Já entre as principais pressões negativas estão a soja em grão (-4,41%) e os suínos (-11,17%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-10, diminuiu de 0,92% para 0,59%. Três das sete classes de despesa tiveram redução na taxa. O destaque foi o grupo educação, leitura e recreação (de 2,69% para 0,20%). A principal contribuição para esse movimento partiu dos cursos formais (que na apuração de fevereiro atingiu 4,16% e neste levantamento não apresentou variação). Também apresentaram decréscimos em suas taxas os grupos transportes (de 2,45% para 1,10%) e despesas diversas (de 1,43% para 0,98%). Por outro lado, houve aumento nas taxas de vestuário (de -0,30% para 0,28%), saúde e cuidados pessoais (de 0,38% para 0,54%), habitação (de 0,44% para 0,53%) e alimentação (de 0,54% para 0,57%).

Último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde por 10% da taxa global, registrou, em março, alta de 0,33%. O resultado, no entanto, ficou abaixo do verificado no mês anterior (0,42%). Dois dos três grupos componentes do índice tiveram decréscimos. Os serviços passaram de 1,50% para 0,53%, e o custo da mão de obra, de 0,12% para 0,11%. Já o índice relativo aos materiais e equipamentos subiu de 0,50% para 0,55%.

Para calcular o IGP-10 de março, foram coletados preços entre os dias 11 de fevereiro e 10 de março.