Analistas reduzem projeção para crescimento do PIB

Brasília – Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa para a expansão da economia neste ano de 4,50% para 4,30%. Para 2011, a projeção de […]

Brasília – Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa para a expansão da economia neste ano de 4,50% para 4,30%. Para 2011, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, continua em 4,5%.

Segundo o boletim Focus  divulgado nesta segunda-feira (28) pelo BC, a expectativa para o crescimento da produção industrial neste ano caiu de 4,41% para 4,10% e de 5% para 4,60%, em 2012.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 39,23% para 39,26%, em 2011, e de 37,87% para 37,97%, no próximo ano.

A expectativa para a cotação do dólar permanece em R$ 1,70, ao final de 2011, e caiu de R$ 1,80 para R$ 1,79, ao fim do próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 11,45 bilhões para US$ 13 bilhões, neste ano, e subiu de US$ 7,10 bilhões para US$ 7,85 bilhões, em 2012.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi alterada de US$ 67,54 bilhões para US$ 66,25 bilhões, em 2011, e mantida em US$ 70 bilhões, no próximo ano.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permaneceu em US$ 42 bilhões, neste ano, e passou de US$ 42,69 bilhões para US$ 43,85 bilhões, em 2012.

Inflação

Já a projeção dos analistas do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano subiu pela 12ª semana seguida, segundo o Focus. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,79% para 5,80%. Há quatro semanas, a projeção estava em 5,64%.Para 2012, a estimativa permanece em 4,78%.

A projeção para o IPCA está cada vez mais distante do centro da meta de inflação de 4,5%, válida para ano e 2012. A meta tem ainda margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior, de 6,5%.

Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso a instituição usa como principal instrumento de controle da demanda por bens e serviços a taxa básica de juros, a Selic. Quando considera que a economia está muito aquecida, com trajetória de inflação em alta, o BC eleva a taxa, que atualmente está em 11,25% ao ano.

Por isso, os analistas projetam que a Selic encerrará 2011 em 12,50% ao ano. Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para terça (1º) e quarta-feira (2), os analistas esperam que essa taxa suba para 11,75% ao ano. Para o final de 2012, a expectativa para a Selic é de retorno ao atual patamar (11,25% ao ano).

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe). Para este ano, a projeção caiu de 5,53% para 5,50%. Para 2012, permanece em 4,67%.

A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, passou de 6,56% para 6,66%. Para 2012, subiu de 4,84% para 4,87%.

Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), neste ano, a estimativa foi alterada de 6,51% para 6,70%. Para 2012, permanece em 4,70%.

A projeção dos analistas para os preços administrados subiu de 4,45% para 4,50%, em 2011, e permanece em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

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