Crescimento acumulado do PIB brasileiro é menor apenas do que o chinês, diz ministro

Mantega aponta que de janeiro a setembro, economia avançou 8,4% (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil) Brasília – O crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), que entre janeiro e setembro […]

Mantega aponta que de janeiro a setembro, economia avançou 8,4% (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Brasília – O crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), que entre janeiro e setembro deste ano registrou aumento de 8,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, foi o segundo maior entre as grandes economias, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o 11º balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O Brasil já tem assegurado uma expansão do PIB de pelo menos 7,5% neste ano, segundo Mantega. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – cresceu 0,5% no terceiro trimestre de 2010, em relação ao trimestre anterior. Em comparação aos três primeiros trimestres de 2009, porém, o PIB cresceu 8,4% e no acumulado dos últimos 12 meses chegou a 7,5%.

“Com o resultado do PIB do terceiro trimestre já está assegurado que vamos fechar o ano com um PIB de pelo menos 7,5%. A tendência é que seja mais que 7,5%. Em relação aos primeiros três trimestres, de 8,4%, é um crescimento expressivo”, disse Mantega. 

Para o próximo ano, o ministro prevê uma pequena desaceleração da atividade econômica e o crescimento deverá ficar próximo a 5%. Quanto às contas públicas, o ministro garantiu que o governo cumprirá a meta de superávit primário tanto em 2010 quanto em 2011, além de manter a inflação dentro da meta e sobre controle. “Estamos tendo um aumento inflacionário que se deve a alimentos e a alguns serviços, o que é natural. Parte do aumento da inflação é sazonal, porque depende de fatores climáticos, mas depois haverá um refluxo.”

 

De acordo com o ministro, 5% de crescimento é bom para o país e mantém uma oferta de empregos razoável, com um nível de investimento elevado para depois alcançar um ciclo de crescimento acima dessa patamar até 2014.

Segundo ele, esse resultado, divulgado pelo IBGE, se deve ao PAC que consolidou a agenda de crescimento no Brasil e cumpriu com o objetivo de acelerar o crescimento do país. “Isso (crescimento do país) foi plenamente conseguido, apesar da crise de 2008. Estamos completando o último ano do PAC com um crescimento forte no Brasil”, disse.

De acordo com o ministro, o PIB brasileiro ficou menor apenas do que o chinês e é maior do que o da Índia, ambos integrantes do Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China). “Portanto, o PIB está rodando, este ano, a 8,4%, na comparação com as grandes economias. Nós podemos dizer que o PAC, em matéria de crescimento, foi muito bem sucedido.”

PAC garantido

Mantega voltou a garantir que os investimentos do PAC em andamento continuarão no ano que vem. Segundo ele, apenas projetos do PAC 2, que ampliou os investimentos nas áreas social e de infraestrutura, deverão começar um pouco mais adiante em função do corte de despesas sugerido pelo Executivo ao Orçamento em discussão no Congresso Nacional.

Guido Mantega, que continuará como ministro da Fazenda no governo da presidenta eleita Dilma Rousseff, considera que a redução de gastos será fundamental para que o governo eleve o volume de investimentos na economia nos próximos anos e reduza os juros. A redução, acrescentou, se dará em gastos já existentes, além de o governo evitar novas despesas.

Ele lembrou que o PAC está em andamento e já tem um volume grande de projetos que continuarão em 2011. Esses projetos, informou, continuarão dentro do ritmo que está estabelecido e já representam um volume de investimento superior ao deste ano. 

“O volume de investimentos continuará crescendo no próximo ano. Apenas projetos do PAC 2 deverão começar um pouco mais adiante. Ou seja, vamos alterar o ritmo de ingresso de novos investimentos de acordo com a nossa disponibilidade”, disse Mantega.

Fonte: Agência Brasil

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