Em reunião prévia, autoridades do G20 apelam para o fim da ‘guerra de divisas’

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner,durante reunião prévia do G20, na Coréia (Foto: Nicky Loh/REUTERS) Brasília – Os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais dos países […]

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner,durante reunião prévia do G20, na Coréia (Foto: Nicky Loh/REUTERS)

Brasília – Os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais dos países que integram o G20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo – apelaram nesta sábado (23) para evitar uma “guerra de divisas”.

Reunidas em Gyeongju, na Coreia do Sul, as autoridades examinaram também a proposta do governo norte-americano de impor limites aos saldos comerciais de todos os países como medida para congelar a guerra cambial. As informações são do Tesouro Nacional dos Estados Unidos, do G20 e da agência de notícias oficial da Argentina, a Telam. 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não participa das discussões na Coreia do Sul. Ao longo da última semana, ele conversou com representantes do governo dos Estados Unidos e também da Organização Mundial do Comércio (OMC). Para o Brasil, é fundamental evitar que seja necessária a adoção de medidas extremadas para conter a desvalorização do dólar e eventuais consequências de desequilíbrio interno.

A reunião, em  Gyeongju, acaba hoje. Na declaração final do encontro – preparatório para a cúpula do G20 que ocorrerá nos dias 11 e 12 de novembro na Coréia do Sul – os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais destacaram a preocupação com os excessos de volatilidade e fluxos desordenados de capital que ocorrem em alguns países emergentes. Também fizeram um apelo para evitar o protecionismo.

“A recuperação econômica global continua a avançar, ainda que de forma frágil e desigual. O crescimento tem sido forte em muitas economias de mercados emergentes, mas o ritmo é modesto em muitas economias desenvolvidas. [O que causa] desvantagem e riscos diferentes de país para país”, diz o comunicado.

Para os Estados Unidos e algumas economias ocidentais, a China mantém sua moeda (o yuan) desvalorizada para garantir as exportações e o crescimento econômico interno. Para os representantes do G20, o processo de recuperação econômica global ainda é frágil, depois de dois anos do auge da crise financeira internacional.

“Em resposta aos difíceis desafios da economia global, estamos desenvolvendo um plano de ação [global] para reduzir riscos que estejam ao alcance de todos e com objetivos partilhados”, diz o comunicado. “Nós vamos apresentar esse plano de ação para a consideração de nossos líderes em novembro de 2010, durante a cúpula em Seul.”