Brasil, Rússia, Índia e China discutem adoção de moeda diferente do dólar em acordos

Subsecretário-geral Político do Ministério das Relações Exteriores, Roberto Jaguaribe, vê obrigação de se buscar maior sustentabilidade econômica (Foto: Marcello Casal Jr./ABr) Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva […]

Subsecretário-geral Político do Ministério das Relações Exteriores, Roberto Jaguaribe, vê obrigação de se buscar maior sustentabilidade econômica (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os representantes dos países que integram o Bric – o Brasil, a Rússia, Índia e China – se reúnem em Brasília na próxima semana. Um dos temas que serão discutidos na 2ª Cúpula do Bric é a adoção de uma moeda alternativa a ser adotada pelo grupo nos acordos comerciais. A pedido dos chineses, está na mesa a proposta de escolher uma moeda que não seja o dólar.

Por enquanto, os debates estão em nível técnico. Nas relações multilaterais, a ideia é ampliar as parcerias e buscar mecanismos para fortalecer o grupo no cenário internacional.

“É uma obrigação de todos os países buscar um mecanismo com mais sustentabilidade. Mas não se trata de fazer nada (de modo) açodado. Ninguém pretende fazer algo que dê marolas ou ondas excessivas”, afirmou o subsecretário-geral Político 2, Roberto Jaguaribe, que coordena a cúpula.

Segundo o embaixador, os técnicos dos bancos centrais dos países integrantes do Bric vão se reunir para discutir o tema. De acordo com ele, o objetivo é que o grupo seja reconhecido como um fórum de coordenação e negociação, não uma entidade normativa. “O Bric não pretende ser um grupo como o G7 ou G8, mas um fórum de conversas. É um esforço de coordenação, não um grupo normativo”, disse ele.

Jaguaribe afirmou que há cálculos que indicam que de 2000 a 2008 as nações do Bric foram responsáveis pelo maior crescimento econômico no mundo. “[O grupo] passou a ser um instrumento de análise e virou uma categoria de compreensão dos entendimentos do comércio”, disse..

Apesar de diferenças pontuais entre seus integrantes, o Bric considera que há muitas questões convergentes. O Brasil e a Rússia são grandes produtores de matérias-primas, os brasileiros, de alimentos e os russos, de petróleo. A Índia concentra o setor de serviços, enquanto a China acelera o crescimento industrial tornando um dos principais parceiros de vários países. Com economias em desenvolvimento, todos os nações se sentem unidas pelas dificuldades no cenário internacional.

Fonte: Agência Brasil

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