Produção industrial cresce 1,1% de dezembro para janeiro

Segundo o IBGE, alta de 16% na comparação com janeiro de 2009 refletiu efeitos da crise no ano passado

São Paulo – A produção industrial cresceu 1,1% de dezembro para janeiro, já com ajuste sazonal, o que elimina a variação negativa de 1% acumulada nos dois meses anteriores, informou nesta quinta-feira (4) o IBGE.

Em relação a janeiro do ano passado, a produção teve alta de 16%, segundo aumento de dois dígitos seguido nessa base de comparação, o que segundo o  instituto é “reflexo sobretudo da baixa base de comparação decorrente dos efeitos da crise econômica internacional”. No acumulado de 12 meses, o indicador permanece negativo (-5%), mas reduzindo o ritmo de queda ante o fechamento de 2008 (-7,4%).

De acordo com o IBGE, o aumento da produção entre dezembro e janeiro foi sustentado pela expansão em 14 dos 27 setores pesquisados. Os desempenhos mais importantes para o resultado global vieram de produtos de metal (alta de 12%), material eletrônico e de comunicações (14,3%) e bebidas (8,1%).

Outros destaques foram alimentos (1,4%), indústrias extrativas (2,7%), metalurgia básica (2,5%), máquinas, aparelho e materiais elétricos (4,5%) e outros produtos químicos (1,8%). Entre as atividades que registraram queda, estão edição e impressão (-5,0%), veículos automotores (-1,2%) e farmacêutica (-2,2%).

Na comparação com janeiro do ano passado, houve expansão em 23 das 27 atividades pesquisadas, “refletindo, em grande parte, a baixa base de comparação, por conta das paralisações não programadas e a concessão de férias coletivas em janeiro de 2009”. O maior impacto veio do setor de veículos automotores, com alta de 41,4%.

O IBGE destacou ainda os crescimentos em máquinas e equipamentos (34,0%), metalurgia básica (34,5%), outros produtos químicos (27,5%), produtos de metal (43,0%), indústrias extrativas (20,8%) e borracha e plástico (24,5%). Dos quatro setores que tiveram queda, “a principal pressão sobre a média da indústria veio de outros equipamentos de transporte (-20,0%), influenciada em grande parte pelo recuo na fabricação de aviões”.