Aumento da renda das classes C e D eleva vendas dos supermercados fluminenses

Rio de Janeiro – O aumento do poder de compra dos trabalhadores brasileiros e o surgimento da nova classe média reforçam a perspectiva de que este será um bom ano […]

Rio de Janeiro – O aumento do poder de compra dos trabalhadores brasileiros e o surgimento da nova classe média reforçam a perspectiva de que este será um bom ano para o varejo fluminense. A afirmação foi feita hoje (23) presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari, durante a abertura da feira Super Rio Expofood, no Riocentro.

Ele disse que os dois fatores explicam o aumento de 2,25% nas vendas do setor no estado do Rio em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2009. Para ele, não há dúvida de que as vendas subiram porque a renda das classes C e D cresceu. “Ganhando mais, essas classes procuram melhorar sua alimentação, comprando mais [produtos] supérfluos. Quando aumenta a renda nessa categoria econômica, é que se sente o aumento nas vendas.”

De acordo com Fornari, com base nas projeções de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 5% este ano, estima-se que o setor cresça pelo menos como o PIB. Fornari ressaltou, porém, que não é fácil atingir essa meta, porque se refere ao crescimento real, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No ano passado, as vendas dos supermercados do Rio de Janeiro evoluíram 3,41%, mas, em nível nacional, a expansão chegou a 6,61%. “[O resultado do Rio] ficou bem abaixo do nacional, mas foi bem melhor do que o do ano anterior [2,56%]”, destacou.

Segundo Fornari, a crise financeira internacional não chegou a atingir os supermercados – o faturamento estimado do setor no Rio superou R$ 16 bilhões no ano passado. “Nosso setor tem essa vantagem: em todas as crises, é o último a sentir [os efeitos], porque é alimentação. As pessoas vão cortando primeiro outras coisas quando têm problemas financeiros. Alimentação fica por último.”

Fornari acrescentou que, quando as pessoas mexem nos gastos com alimentação, não chega a haver cortes, porque ninguém come menos. “Racionaliza-se. Passa-se a aproveitar mais sobras de comida, coisas assim. E, quando se sai da crise, também somos os últimos a sentir.”

No ano passado, as redes de supermercados filiadas à Asserj foram responsáveis pela criação e manutenção de 75 mil postos de trabalho. Para este ano, a meta é passar de 80 mil empregos diretos. Contribuem para isso os investimentos em reforma, a abertura e ampliação de lojas e a reposição de equipamentos, além da adoção de novas tecnologias. “Isso gera mais empregos também”.

No ano passado, os investimentos do setor somaram R$ 100 milhões, valor que Fornari espera que se repita em 2010.

Fonte: Agência Brasil

 

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