GVT prevê investir mais em 2010 e entrar em cinco novas cidades
São Paulo – A operadora de telecomunicações GVT, alvo de aquisição por Telefónica e Vivendi, pretende ampliar os investimentos em 2010 para entre R$ 830 milhões e R$ 850 milhões […]
Publicado 22/10/2009 - 15h37
São Paulo – A operadora de telecomunicações GVT, alvo de aquisição por Telefónica e Vivendi, pretende ampliar os investimentos em 2010 para entre R$ 830 milhões e R$ 850 milhões , com forte aposta nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
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No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a GVT investiu pouco menos de R$ 500 milhões, de acordo com o balanço referente ao terceiro trimestre divulgado na noite de quarta-feira. A empresa deve encerrar 2009 com desembolso de pouco mais de 600 milhões de reais.
“Nossa intenção é acelerar ainda mais nossa expansão no próximo ano na direção dos dois principais Estados brasileiros, São Paulo e Rio de Janeiro”, afirmou o vice-presidente financeiro da GVT, Rodrigo Ciparrone, em teleconferência nesta quinta-feira com analistas e jornalistas.
“Planejamos iniciar operações em cinco novas cidades-chave em 2010, contra somente duas em 2009. A população total nessas cinco cidades é de aproximadamente 12 milhões de habitantes.”
Além do Sudeste, outra região foco da GVT para expansão no próximo ano será o Nordeste, segundo o vice-presidente de negócios no varejo da empresa, Alcides Troller. A GVT oferece serviços de telecomunicações em mais de 80 cidades, a maioria delas no Sul do país, região em que a companhia nasceu.
Em setembro, os acionistas no bloco de controle da GVT concordaram em vender sua participação na empresa para a Vivendi por R$ 42 por ação. O grupo francês se dispôs a comprar 100% da companhia brasileira, mas não chegou a fazer uma oferta formal de aquisição.
No começo de outubro, contudo, a Telesp, unidade da espanhola Telefónica no Brasil, lançou uma oferta não-solicitada pela GVT de R$ 48 por ação, 14,3% superior ao valor proposto pela Vivendi.
O vice-presidente financeiro da GVT evitou falar sobre possíveis mudanças no plano de expansão caso a companhia tenha um novo controlador e afirmou que a empresa pretende financiar a maior parte do investimento de 2010 com geração própria de caixa.
“Precisamos ter a transação concluída com a parte que eventualmente compre o controle da GVT para conversarmos sobre o curso a ser definido”, disse Ciparrone, evitando falar mais sobre o assunto.
A GVT teve lucro líquido de R$ 57,2 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 14,8 milhões em igual intervalo de 2008.
A receita líquida foi de R$ 442,4 milhõesnos três meses encerrados em setembro, ante 347,4 milhões de reais um ano antes, com forte aumento da base de clientes.
Segundo o vice-presidente Troller, a GVT pretende seguir concentrada na busca de clientes nas faixas de renda A, B e C.
As ações da GVT mostravam ganho de 0,65%, para R$ 49,82 às 14h40. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,66%.
Fonte: Reuters