Brasil confirma compra de US0 bi em títulos do FMI

Istambul/Brasília – O Brasil formalizou nesta segunda-feira (5) a decisão de comprar U$ 10 bilhões em títulos do Fundo Monetário Internacional denominados em Direito Especial de Saque (SDR, na sigla […]

Istambul/Brasília – O Brasil formalizou nesta segunda-feira (5) a decisão de comprar U$ 10 bilhões em títulos do Fundo Monetário Internacional denominados em Direito Especial de Saque (SDR, na sigla em inglês).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que isso confirma a decisão tomada pelo Brasil anteriormente de fornecer recursos para o FMI.

Sob o acordo, os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) concordaram em fornecer um total de U$ 80 bilhões para aumentar os recursos do FMI em resposta à crise global. A China fornecerá a maior parte: U$ 50 bilhões.

“O Brasil confirma sua decisão para ajudar a aumentar os recursos disponíveis do FMI, como uma forma de assegurar os meios necessários para efetivamente responder à atual crise financeira”, afirmou Mantega em uma carta ao diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

Para o Brasil, que viu uma melhora em sua economia na última década, o movimento é uma mudança, acrescentou Mantega. “É a primeira vez que o Brasil empresta para o FMI. Estamos passando de um país devedor para credor. É um momento histórico.”

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que um Acordo de Compra de Notas deverá ser assinado entre o Brasil e o Fundo após a revisão final do entendimento pelas instâncias técnicas brasileiras e depois de aprovado pela diretoria-executiva do FMI.

O governo destacou que o acordo terá a duração de dois anos e não afetará o volume das reservas brasileiras.

“A compra de notas envolverá a aquisição de ativos emitidos pelo FMI e imediatamente conversíveis em moedas de liquidez internacional, se necessário. Portanto, é uma operação que apenas altera a composição das reservas internacionais do país, contribuindo para sua diversificação”, afirmou o ministério no comunicado.

As notas serão emitidas segundo as necessidades do Fundo e terão prazo total de cinco anos.

Fonte: Reuters

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